APUCARANAHOJE

Nome:
Local: Apucarana, Paraná, Brazil

30 junho 2010

Revolução silenciosa

Tenho comigo que as transformações sociais começam pela participação da população. Na maioria das vezes, movimentos sociais levam ao derramamento de sangue, pois governos despóticos não aceitam o diálogo e partem para enfrentamento.

No Brasil, a mais recente revolução foi a da “Diretas, Já!”, levando ao fim dos governos militares e início do atual processo democrático. Aquele movimento começou silencioso e ganhou as ruas, aglutinando milhões de pessoas por todo o País. Foi um movimento social altivo e inimaginável, pois sempre se falou que o brasileiro acomodado.

Outras ações populares foram desencadeadas, também de forma silenciosa, mas que chegaram ao Congresso Nacional, obrigando os parlamentares a aprovar propostas consideradas inovadoras, de significativa importância à população.

A mais recente delas é a chamada “Ficha Limpa”, voltada a impedir a candidatura de políticos com processos judiciais transitado em julgado. A proposta nasceu da iniciativa popular, obrigando o Parlamento a votar e levando ao Judiciário Eleitoral a fazer valer já para o pleito de outubro.

Sobre este assunto, sugiro a leitura do artigo da professora Lourdes Sola, da Universidade de São Paulo, doutora pela Universidade de Oxford.

Votos órfãos

As eleições de outubro serão de fundamental importância para a renovação do Poder Legislativo do Paraná, desde a implantação do atual sistema de votação. Essa será a sétima eleição parlamentar geral desde o final do regime militar.

Com a chamada campanha do “Voto Limpo” e após o escândalo do desvio de dinheiro da Assembléia Legislativa, onde mais de um milhão de reais desapareceram dos cofres públicos sem que os componentes da mesa executiva tivessem conhecimento, é provável uma renovação em torno de 50 por cento dos atuais quadros.

Levando em consideração outros fatos políticos registrados ao longo da atual legislatura – cassações, desistências e renúncia – pelo menos 500 mil votos estão órfãos e a procura de candidatos para abrigá-los a partir de 2011.

É nesta situação de orfandade absoluta, que os candidatos devem atuar e conquistar a confiança do eleitorado a partir de amanhã, quando efetivamente começa a campanha rumo à Assembléia Legislativa do Paraná.

A campanha, com certeza, estará centrada aos candidatos ao Palácio das Araucárias, onde a visibilidade é maior. Os pretendentes ao Poder Legislativo caminharão com suas próprias pernas, pois são disputas distintas. Quem tem nome memorizado pelo eleitorado leva vantagem sobre os “franco-atiradores” e sobre aqueles envolvidos nos escândalos registrados nos últimos tempos.

Agora é a hora da verdade. A sorte está lançada.

29 junho 2010

A praça não é de todos


O poeta baiano Antônio da Castro Alves escreveu que “a praça é de todos, como o céu é do condor”. Hoje, ao passar pelas muitas praças existentes por aí, é possível sentir uma dor n’alma pelo grande número de pessoas que utilizam destes locais para consumo de drogas – lícitas e ilícitas. Alguns destes locais não podem ser utilizados por todos, mas por alguns, que transformam aquelas áreas em seu habitat, onde não existe repressão ou fiscalização.

Nesta terça-feira (29) cruzava a Praça Interventor Manoel Ribas, área central de Apucarana, às 8h00 da manhã, e um grupo de rapazes, de idades indefinidas, consumia droga, se preparando para menos um dia em suas vidas. Em bar próximo, um senhor ingeria um copo de cachaça. Quatro mendigos dividiam uma garrafa de pinga, como um opíparo café da manhã.

A droga deixou de ser um problema de polícia. É um problema social e de saúde pública e, pelo jeito, sem solução. Não existem políticas públicas voltadas ao combate a esta doenças. Ações isoladas conseguem resultados até que expressivos, mas a fila é cada vez maior de pessoas em lento processo de afogamento.

As cidades vão crescendo, as pessoas transformam as casas em verdadeiras fortalezas. Poucos são o que se arriscam a sair com a família para momentos de lazer. Em parques públicos, os grupelhos se formam e a ordem é ouvir música nas alturas, regada a drogas ilícitas e bebidas alcoólicas. Há risco de, a qualquer momento, estourar uma briga, com conseqüências imprevisíveis.

Assim, as pessoas preferem o abrigo de seus lares, onde os riscos também existem, mas em proporções menores.

Mas se no céu o condor voa alto, nem todos têm coragem de freqüentar nossas praças.

27 junho 2010

As cores da minha cidade


O bemtevi com seu peito dourado, de brilho intenso, canta no alto da árvore. O pequeno cão, todo faceiro, anda pela rua, conduzido pela coleira por sua dona. Crianças caminham pela praça, olhando as plantas de brotam nos canteiros centrais.
Tudo parece igual, para quem caminha todos os dias pelas ruas da cidade.
Mas a minha rua não é diferente de todas as outras. Minha rua tem cor, um rosa intenso das flores da cerejeira. Foram os japoneses que trouxeram as primeiras mudas para a cidade.
Hoje, há cerejeiras por todos os cantos, como se minha cidade fosse uma extensão do Japão.
Tem também as árvores de manacás, que com suas flores colorem as ruas da minha cidade. Minha cidade tem cores e vida. É preciso plantar mais árvores, dar mais cores as nossas ruas.

25 junho 2010

Bola ou Balim


O jogo está para ser decidido e a última bola será arremessada. Dois pontos serão suficientes para vencer a partida e mais uma medalha ser levada para casa. O parceiro pede para jogar a ponto. Os torcedores cochicham que é melhor bater por cima do balim.

O jogador deixa a bola no chão, observa a posição das bolas no fundo do campo, troca um olhar com o filho e decide: é bola ou balim. No momento de decisão tem que ir pelo instinto e na mente se desenham os muitos momentos difíceis, não no jogo, mas na vida.

Sem tomar distância, pés firmes no chão, braço retesado e o arremesso. A bola voa por alguns metros, por sobre o balim bate certeira entre as duas bolas do adversário. Eram precisos dois pontos, mas a jogada de mestre, sem muita força, permite seis pontos. Vitória maiúscula e o prêmio merecido. Torcedores invadem o campo, abraçam os vencedores e cumprimentam os derrotados.

Os momentos maiores se passaram e as dificuldades chegaram. Mas, mesmo assim, há a vontade de jogar. A idade avançada não é obstáculo para mais uma partida, mas se não vai na força, vai no jeito.

Desce as escadas de acesso ao campo de forma lenta, olhar altivo e um leve sorriso nos lábios, lembrando as vitórias e as derrotas.

Ao entrar no salão, cumprimenta os conhecidos e vai para o local de jogos. Relembra que comprou os pranchões para construir as duas canchas, tinta para a pintura. Ajudou a construir um local agradável para as pessoas se divertirem.

Uma surpresa, porém, o aguardava. Alguém chega e diz categórico: você não pode jogar aqui, porque está devendo a mensalidade. Só sócios podem jogar.

Duas lágrimas rolaram dos olhos, uma dor profunda no peito ao ser impedido de jogar, quem sabe, uma última partida de bocha.

Com as pernas tremulas, subiu a escada, ganhou a rua e não olhou para trás.

Hoje, abre as portas do armário e lá encontra dezenas de troféus e medalhas conquistados naquele mesmo local, onde foi proibido de jogar porque está velho e não tem dinheiro para pagar a mensalidade.

24 junho 2010

Universidade


Até o final deste mês deve ser consolidada a criação da Universidade do Estado do Paraná, ou qual nome seja definido pelo colegiado que estuda o assunto. A verdade é que a minuta do Estatuto da instituição de ensino superior está sendo analisada por professores e técnicos das chamadas faculdades isoladas, como a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana, a Fecea. Ao todo, serão onze campi em cidades do interior do Estado, além da capital.

Um dado bastante interessante é que haverá, em cada campus, um Conselho Estratégico Social, com a participação da sociedade organizada, através de sindicatos, associações de classe, associação de bairros, movimentos sociais.

A Universidade Estadual do Paraná será formada pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná; Faculdade de Artes do Paraná; Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão; Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio; Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória; Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranguá; Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Jacarezinho; Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana; Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí; Faculdade Estadual de Educação Física de Jacarezinho; e Faculdade de Direito do Norte Pioneiro.

De Apucarana, quem participa das discussões em torno da constituição da Universidade do Estado do Parná é o professor Rogério Ribeiro, diretor da Fecea.

Desfile listrado


Estou tentando imaginar a cara das pessoas que gastaram milhões de euros nas bolsas de apostas para a Copa do Mundo. Desde ontem, muitos estão chutando o pau da barraca, após a eliminação da França. Hoje, outros queimaram o que restou da barraca, com a eliminação da Itália.

Quem também corre o risco de embarcar mais cedo para casa é a Espanha, que amanhã (25) joga contra o Chile, não podendo sequer empatar. Uma vitória da Suiça sobre Honduras e a Fúria deixará os espanhóis enfurecidos.

As eliminações de italianos e franceses não podem ser consideradas zebras, principalmente para quem acompanha o futebol internacional. Os dois selecionados europeus pouco reformularam seus elencos em relação à Copa de 2006, quando decidiram o título e a Itália levou. A idade, o desgaste físico e emocional, a pressão da torcida e da imprensa, são fatores a serem levados em consideração para avaliar a performance de cada seleção na Copa da África do Sul. Isso sem falar nas brigas internas (França) e no festival de contusões (Itália).
Para as oitavas de final já estão confirmados os confrontos entre Estados Unidos x Gana; Uruguai x Coréia do Sul; Alemanha x Inglaterra; Argentina x México; Holanda x Eslováquia e Paraguai x Japão. Nesta fase, de mata-mata, pode ocorrer novo desfile listrado das zebras africanas.

23 junho 2010

Rápidas

>> Uma indústria de móveis de Apucarana será a responsável pela fabricação de todo o mobiliário da rede de postos Petrobrás em todo o País. Um negócio de milhões de reais, que resultará em mais empregos e geração de tributos para a cidade.
>> Ex-prefeito Valter Pegorer, pré-candidato a deputado estadual pelo PMDB, tem duas reuniões agendadas no final de semana no Sul do Estado. Em Curitiba, estará reunido com 40 líderes de bairros; e em Paranaguá, com professores da rede estadual de ensino. Na pauta, apoio para a candidatura, a exemplo do que vem acontecendo em outras regiões do Paraná.
>> Prefeito João Carlos de Oliveira lança na quinta-feira (01) o Programa PróJovem, voltado a adolescentes residentes na zona rural. Os cursos profissionalizantes serão ministrados pela Escola da Oportunidade, em um imóvel locado próximo à prefeitura.
>> O Município de Apucarana receberá mais de R$ 500 mil do Governo do Estado, para a implantação do Centro de Saúde da Mulher e da Criança. O prefeito João Carlos de Oliveira recebeu autorização para o início imediato da obra, a ser executada na Rua Osvaldo Cruz. O edital para a contratação da empreiteira foi publicado no Diário Oficial Eletrônico.
>> Mais de R$ 600 mil de recursos próprios estão sendo aplicados pela Prefeitura de Apucarana na pavimentação de ruas nos distritos de Caixa de São Pedro e Pirapó, Parque Industrial Norte e Loteamento Norte do Paraná. As ordens de serviço já foram assinadas.
>> Vereadores de Apucarana referendaram convênios do Município com ministérios federais. Com isso, a administração pública define o andamento das obras de implantação do Museu do Café, em Pirapó; reforma da Piscina do Complexo Esportivo do Lagoão; Recuperação da Avenida Central do Paraná; Adequação de estradas rurais na bacia do Alto Pirapó; Recape em torno do Lago Jaboti; pavimentação de ruas na Vila Reis.

Novos Rumos


Osmar Dias deverá ser candidato a governador do Paraná, numa aliança com o PDMB e PT. Já afirmamos neste blog que a aliança destes três partidos enfraquece o grupo de Beto Richa, que agora precisa definir novos rumos na caminhada em direção ao Palácio Iguaçu. O enfraquecimento é evidente, pois os peemedebistas que embarcaram na nau de Richa, como grumetes e não marinheiros, precisam pular no bote salva-vidas, para não contrariar a legislação eleitoral e salvar o futuro político de cada um.

Caso a candidatura de Osmar seja confirmada, obriga Richa a se recompor com o próprio partido – PSDB – e lançar um candidato ao senado. Para isso, terá que conversar com Gustavo Fruet, Luiz Carlos Hauly e os senadores Álvaro Dias e Flávio Arns, desprezados do staff de Richa, como se não tivessem representatividade no ninho tucano.

A aliança também fortalece a candidatura de Gleici “Sininho” Hoffmann ao Senado pelo Partido dos Trabalhadores. Osmar “Urtigão” Dias, ainda reluta em ser candidato ao Governo do Paraná. Ele agora espera a confirmação do irmão Álvaro Dias como vice de José Serra.

Com a aliança, quem ficou em situação desconfortável foi Roberto Requião, que ao longo de sete anos atacou Osmar Dias e Paulo Bernardo, agora terá que caminhar ao lado dos dois. Com a obrigação do PSDB em ter candidato ao Senado, Requião corre o risco de ficar longe do Senado Federal, pois terá que dividir votos com “Sininho”, Ricardo Barros e o candidato do PSDB, que tanto pode ser Flávio Arns como Gustavo Fruet.
Por fim, quem se fortalece nesta história toda é Orlando Pessuti, que com inteligência abriu mão da campanha à reeleição, perdendo os anéis, mas mantendo os dedos.

22 junho 2010

Dunga e TV Globo



Desde a classificação do Brasil à Copa da África do Sul, passando pela convocação dos jogadores, é nítido o desconforto no relacionamento do treinador Dunga com a imprensa brasileira. O técnico é estopim curto e não aceita interferência em seu trabalho. Ele não deu a mínima importância à campanha pelas convocações de Neymar e Ganso, do Santos, como substitutos de Kaká e Luis Fabiano.

A vitória sobre a Costa do Marfim, mesmo com um futebol mais brilhante, escancarou o desgaste entre técnico e TV Globo. Dunga, mais parecendo o Zangado, proferiu palavrões ao jornalista Alex Escobar. Antes, o treinador teve arranca-rabo com outros profissionais da imprensa brasileira, principalmente os mais críticos, como Juca Kfoury, da Folha de São Paulo; e José Trajano, da ESPN Brasil. Sobrou até para os educados, mas não menos críticos, Alberto Helena e Tostão, este um dos maiores craques do futebol brasileiro.

Nos bastidores da crise a CBF apagou o incêndio, pois tem interesses financeiros na relação com a TV Globo. Os interesses de Ricardo Teixeira jogaram o treinador no rescaldo fumegante, que já tem o futuro delineado: acabou a Copa, independente da classificação, Dunga estará na rua. O contrato de Dunga com a CBF tem data de vencimento: na final de 11 de julho ou até quando a seleção tiver forças de seguir na Copa.

Dunga sabe que seu ciclo no comando da seleção está acabando. Enfrentar a poderosa Rede Globo e seus jornalistas não foi um rompante de insensatez. Foi de caso pensado e uma forma de mostrar ao mundo que a liberdade e o respeito têm limites.

Após a Copa, com certeza, Dunga conseguirá seguir sua carreira como treinador, quem sabe no mercado europeu, onde é respeitado como jogador e campeão do mundo pela Seleção Brasileira.
Dunga não é nada bobo, como pensam os mais afoitos. Ele é, acima de tudo, corajoso.

Reacionário



Reacionária é a pessoa contrária à liberdade, à democracia ou ao progresso.


Numa democracia, a liberdade de pensamento é um dos patamares. Por esta razão, é preciso respeitar os pensadores.


Por quê destas colocações? Vamos explicar.


Li, recentemente, artigo de um colunista esportivo de Curitiba, pregando o fim do futebol do interior, que não acrescentaria nada em termos de qualidade. A opinião, reacionária, brotou após o entrevero dos jogadores de Londrina e Roma Apucarana, pelo Paranaense da Segunda Divisão.

Pelo que consegui entender, na visão deste colunista somente Curitiba tem capacidade e competência para ter equipes de futebol. Seria bastante interessante um Campeonato com Coritiba, Atlético Paranaense, Paraná Clube e Corinthians Paranaense. Ou seja, uma competição em que cada clube realize seis jogos e um quadrangular na decisão. Uma fórmula fantástica.
É evidente que este colunista curitibano não conhece a história do futebol paranaense. Não fosse o futebol do interior, não surgiriam jogadores da qualidade de Pescuma, Tião Abatiá e Paquito (União Bandeirante), Kosilek (Grêmio Maringá e Jandaia), Leocádio, Passarinho e Milton (Apucarana), para citar apenas alguns, que reforçaram o Coritiba nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Isso sem falar em Roderlei, Ado, Neneca, Everton, Kleberson, Alexandre Pato, Beleti, que sairam do interior do Paraná rumo a outros clubes e alcançaram a Seleção Brasileira.
O que precisa, em vez de acabar com o futebol do interior, é a Federação Paranaense de Futebol elaborar um calendário de competições para os clubes que ficam fora dos campeonatos nacionais das séries A, B, C e D. As taxas de arbitragem, registro de jogadores, entre outras deveriam ser menores, estabelecendo ainda, limite de idade para contratação de atletas.

21 junho 2010

Salvação do PMDB


A coligação PDT-PMDB-PT e outros partidos, com vistas às eleições de outubro, tendo o senador Osmar Dias como cabeça na disputa ao Palácio Iguaçu, contra Beto Richa, dará novas cores ao processo eleitoral. O sistema democrático prevalecerá e a campanha não será plebiscitária, como afirmado anteriormente.

Outro ponto também precisa ser levado em consideração: a coligação salva o PMDB, que se mantém forte e, em caso de vitória de Dias, com representação no staff do futuro governo.
A campanha, apenas com Orlando Pessuti enfrentando Beto Richa, seria um desastre para o partido. Claro que, ainda hoje, o partido está dividido, com alguns de seus membros embarcados na nau de Beto Richa. São meros grumetes na embarcação tucana, mas que pensam serem marinheiros de primeira linha.

A força do PMDB no futuro será ainda maior em eventual vitória de Dilma Rousseff e Michel Temer, com expressiva votação no Paraná. A preocupação do presidente Lula e de outros aliados se mostrou evidenciada, quando Pessuti foi ao Palácio do Planalto, onde conversou sobre política e soltou alguns trinados. Neste encontro, começou a ser desenhada a aliança com PDT e PT.

Se a vitória de Osmar Dias for a salvação do PMDB, por outro lado significa a derrocada de Beto Richa e do PSDB. Ao desprezar ilustres figuras de suas hostes, como Álvaro Dias, Luiz Carlos Hauly e, principalmente, Gustavo Fruet, preferindo Ricardo Barros e sua trupe, o PSDB perde a identidade construída por Mário Covas, André Franco Montoro, José Richa, José Serra e Fernando Henrique Cardoso, entre outras personalidades políticas.

20 junho 2010

Senso de Justiça

Entre o sonho da casa própria e vida do filho, o engenheiro Adolfo Celso Guidi preferiu a segunda hipótese. A Caixa Econômica Federal, agente financiador da casa própria, optou por executar o contrato e levou o engenheiro à Justiça, para reaver o imóvel.

Felizmente, no Judiciário ainda há calor que emana de quem sente as dores dos réus em processos.

Na reportagem do Jornale, de Curitiba, uma clara história de senso de Justiça.

Lamúrias

Mal acabou o jogo Brasil 3 x 1 Costa do Marfim e nos blogs dos jornalistas esportivos brasileiros foram descarregados dezenas de comentários de torcedores das várias partes do País. Poucos são os que enalteceram a vitória, se não foi brilhante, ao menos levou a Seleção do Brasil à próxima fase da Copa da África do Sul.

Depois da vitória na estréia, a Costa do Marfim se desenhava como o adversário que iria colocar a classificação em risco. Não foi o que se viu. É inegável que, até o primeiro gol de Luis Fabiano, os marfinenses chegaram a preocupar. Depois, o que se viu foi a equipe africana ser controlada pelos brasileiros, chegando à vitória com significativa tranqüilidade. Nem mesmo o festival de pontapés, sob a conivência do árbitro, assustou os brasileiros. A expulsão de Kaká foi injusta.

Mas o que se lê é que o futebol do Brasil decepcionou, com um futebol ridículo. Longe disso. Felizmente, milhões de brasileiros torcem pelo sucesso da seleção. Alguns milhares torcem pelo fracasso, como fracassadas são estas pessoas.

19 junho 2010

Caneladas

Durante o tempo em que atuei no esporte - como repórter ou comentarista - e também no jornalismo, vários fatos hilariantes aconteceram e merecem ser contados.

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Década de 70, jogavam Umuarama e Apucarana, no Estádio Lúcio Pepino. Narrava Hélio Schichitano e no encerramento, sua tradicional frase: AQUI, DE UMUARAMA, MISSÃO CUMPRIDA. RETORNO À BASE. Nisso, acontece uma explosão no teto da cabine e o forro começou a pegar fogo. Helinho, desesperado, gritava: zelador, zelador, traz água, a cabine tá queimando.

> Estádio Ney Braga, Pato Branco, período noturno. Falta contra o Pato Branco e o Schichitano narrava, com entusiasmo: Heraldo, o canhão do Bom Jesus toma distância, barragem humana formada. Autoriza o árbitro. Correu Heraldo, bateu ..... (silêncio total). Lá do fundo vem uma voz. Era o repórter Delcides Lima, ajudando. Hélio, foi gol. E Schichitano solta a voz: goooooooooooooool.

> Estádio Willie Davis: Grêmio Maringá x Apucarana. Transmissão da Rádio Guairacá, com Cillenio Pessoa narrando. Tão logo o jogo começa, entra uma informação: começou. Começou onde, Cillenio Júnior? indaga o narrador. Este escriba, do gramado, informa: começou a chover, vou pegar minha capa. Só se ouviu a gargalhada do Raul Vidal, comentarista, saindo da cabine e batendo a porta.

> Cillenio Pessoa narrava Grêmio Maringá e Atlético Paranaense, tendo um repórter iniciante na equipe. Com entusiasmo, narra uma jogada gremista: "Domina Itamar na entrada da área, bate forte, a bola passa raspando a trave, assustando o goleiro". Entra o repórter para completar: "Olha Cillenio, daí onde você está parece que passou perto. Eu estou aqui atrás do gol e a bola passou muito longe, sem nenhum problema para o goleiro".

> Rádio Difusora Apucarana. Repórter Altevir Luciano, entra com a chamada, no programa do Celso Figueiredo: "Assassinato de Galinhas". O apresentador, surpreso com a informação, pede mais detalhes. "Isso mesmo, Figueiredo, invadiram um sítio na Vila Reis e mataram todas as galinhas que estavam no galinheiro. Foi um assassinato em massa".


18 junho 2010

Será verdade?

Osmar Dias pediu autorização ao PDT para coligar com Beto Richa. Um documento assinado pelo senador foi encaminhado à direção nacional do partido, com três propostas.

O documento está postado no blog do Cláudio Osti.

Na minha modesta opinião, é mais um jogo de cena desencadeado pelo senador e pelo deputado Augustinho Zucchi. Diante da situação de momento, Osmar Dias precisa de uma resposta firme da direção nacional sobre o futuro do partido no Paraná. Se coligar com o PSDB de Beto Richa, a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, fica sem palanque no Estado e o PDT estadual passa a ser persona non grata no Palácio da Alvorada.

Na verdade, Osmar Dias deverá receber uma resposta negativa da executiva nacional e chegará a Beto Richa dizendo não ser possível contrariar as diretrizes do partido e, desta forma, formará a coligação com PDMB, PTB e outros partidos.

É tudo o que Beto Richa não quer. É tudo o que Roberto Requião deseja.

Somente a título de ilustração, em fevereiro o senador Osmar Dias participou de um almoço, em Brasilia, em que o PDT formalizou apoio incondicional à candidatura de Dilma Rousseff. Antes, em janeiro, Osmar Dias já afirmara à então ministra da Casa Civil que seria candidato ao Governo do Paraná. Neste encontro, o senador garantira que Dilma Rousseff terá presença assegurada em seu palanque.

Na Mira da Justiça


O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, Heinz Georg Herwig, vai responder a processo no Superior Tribunal de Justiça, após recebimento de denuncia do Ministério Público Federal. Ele é denunciado pela prática de peculato por operações fraudulentas de negociação de crédito tributário no esquema conhecido como Copel/Olvepar.


Conforme notícia publicada no portal paranaonline, “Heinz Herwig, na gestão Jaime Lerner, teria reconhecido créditos tributários da empresa Olvepar, que estava falida. A empresa teria feito operações de exportação de farelo de soja e óleo de soja entre 1989 e 1996.


Depois a Olvepar ingressou com ação contra o Paraná por entender que o tributo não era devido. A ação pedia a devolução de R$ 65 milhões. Em 2002, depois da Justiça negar o pedido, e a Olvepar entrar em processo de concordata, a empresa pediu ao então secretário da Fazenda, Ingo Hubert, autorização para os créditos serem transferidos para terceiros.


Hubert enviou consulta ao conselheiro do TCE sobre a legalidade do pedido, que respondeu favorável. O secretário deferiu o pedido da Olvepar. Com a autorização do governo, a empresa vendeu os créditos para a Copel por R$ 39 milhões.


O total teria sido pago pela estatal em cheques nominais endossados pela massa falida da Olvepar e entregues a terceiros. O STJ rejeitou denúncia por formação de quadrilha contra Heinz e Lerner. Se condenado, o conselheiro corre o risco de perder cargo na corte”.


Além desta nebulosa ação no TCE, o conselheiro é um dos principais articuladores da campanha de Beto Richa ao Governo do Paraná. O papel de Heinz Georg Herwig é atuar junto a empreiteiros, empresariado e afins. Numa tradução bastante simples, cabe a ele arrumar dinheiro e estrutura de logística para o ex-prefeito de Curitiba ao longo da campanha.


Por falar em logística, já começam a circular pelo interior do Paraná veículos com placa de Curitiba e ostentando uma propaganda subliminar de Beto Richa. Em Apucarana, o vereador Alcides Ramos já circula com uma Parati, placas ASO 3948, de Curitiba. Ramos será coordenador da campanha de Richa em Apucarana e Vale do Ivaí.

No ronco das vuvuzelas



Enquanto as vuvuzelas roncam nos campos da África do Sul e as atenções do mundo se voltam para as incríveis mudanças de trajetória da Jabulani, alguma coisa acontece no País do Futebol, sem merecer a devida atenção da grande imprensa: a greve no serviço público federal e na Justiça Federal.

Para quem não sabe, desde o dia 5 de maio servidores federais estão em greve, com Ministério do Trabalho, Justiça Federal e Justiça do Trabalho apenas com atividades internas. A plebe, que necessita de serviços destes setores da administração federal, fica do lado de fora esperando alguma solução. Não há prazo para a greve terminar.

Os servidores, de forma legítima, pleiteiam uma revisão no Plano de Cargos e Salários, cujo projeto de lei está se arrastando no Congresso Nacional. Como estamos em ano eleitoral, os parlamentares têm apenas uma proposta: participar das eleições de outubro, com vistas à reeleição ou mesmo chegar aos governos de seus respectivos estados.

Com a paralisação, todos os prazos processuais estão suspensos e os processos administrativos sem conclusão. Se a Justiça brasileira é considerada um tecodonte com problema de locomoção, imagine quanto tempo irá demorar para andar com regularidade.

O estranho desta história é o silêncio providencial da imprensa nacional. Basta ler os grandes jornais e assistir as emissoras de TV para notar que o movimento grevista não chama a atenção. O mais estranho é que o Governo Federal tem significativa responsabilidade sobre a situação atual, pois deixou de cumprir sua parte, ou seja, revisar os salários desta categoria de trabalhadores.

Quando a greve vai acabar? Vai depender da aprovação do Projeto de Lei e da sanção presidencial.

OPS: Por que esta imagem para ilustrar o texto? Simples, o simpático Tecodonte integra a Turma do Horácio, juntamente com Antão, Piteco, Lucinda e Simone, entre outros integrantes da pré-história de Maurício de Souza.

17 junho 2010

Córdoba, 1987!


O tempo é implacável, mas deixa marcas inesquecíveis, principalmente para uma pessoa que vislumbrava um futuro brilhante no jornalismo esportivo. Naquele ano, trabalhava na Rádio Atual Guairacá, de Mandaguari, quando recebi a missão de ser repórter na cobertura da Copa América, na Argentina, mais precisamente em Córdoba. O Brasil estava no Grupo B, juntamente com Chile e Venezuela.


Sai sozinho, de Apucarana, rumo a Foz do Iguaçu, onde embarcaria para Córdoba, viajando pela primeira vez de avião. Nesta cidade me encontraria com Osires Nadal, narrador da Rádio Clube Pontagrossense, no Estádio Chateau Carrera, onde o Brasil estrearia contra a Venezuela. Jogo legal: Brasil 5 x 0. Antes do segundo jogo, contra o Chile, Cillenio Pessoa Pereira, da Guairacá, chegou a Córdoba, para narrar a partida. No final, Chile 4 x 0 e Brasil desclassificado, terminando a competição em quinto lugar.


Mais importante que os resultados, foi acompanhar de perto o trabalho da seleção brasileira, comandada por Carlos Alberto Silva. Grandes nomes do futebol brasileiro, alguns iniciando a carreira no futebol europeu, como era o caso de Careca, do Napoli, da Itália; Romário, Valdo, entre outros. Estive em três treinos do selecionado e observei como alguns veículos de comunicação eram os preferidos dos jogadores. Para mim, foi ótimo o aprendizado, pois a partir dali, no enfrentamento das dificuldades, passei a atuar com mais respeito aos profissionais do futebol. Hoje está tudo muito fácil, em razão da tecnologia, e mesmo assim a convivência jogadores-imprensa é complicada.


Passados 23 anos, alguns nomes continuam em evidência: Ricardo Gomes, treinador do São Paulo; Dunga, treinador da Seleção Brasileira; Jorginho, auxiliar técnico; Silas, treinador do Grêmio Portoalegrense; Edu Marangon, treinador no interior paulista; Carlos Galo, trabalha na Ponte Preta, como treinador de goleiros.


Em 1987, o treinador Carlos Alberto Silva chamou os goleiros Carlos, Zé Carlos e Régis, além dos jogadores Josimar, Geraldão, Ricardo Rocha, Douglas, Nelsinho, Muller, Raí, Careca, Edu Marangon, Valdo, Jorginho, Ricardo Gomes, Júlio César, Dunga, Edu, Silas, Romário, Mirandinha e João Paulo. Destes, Romário, Jorginho, Ricardo Gomes e Nelsinho obtiveram a medalha de prata nas Olimpíadas de Seul, em 1988.

16 junho 2010

Dor de cabeça

O pré-candidato ao Governo do Paraná, Beto Richa, terá alguma dor de cabeça no desenvolver da campanha deste ano. Desde 2008, Richa é acusado de ter utilizado Caixa 2 na campanha à reeleição para prefeito de Curitiba.
Beto Richa, dependendo da decisão da Justiça, poderá ficar inelegível por três anos. Richa até tentou segurar o processo, mas não deu certo. O ex-prefeito de Curitiba não pode ser considerado um "ficha suja", pois seu caso ainda não foi julgado, nos termos da nova legislação. Mas há suspeita que tenha posto o pé na lama.
Lei mais sobre o caso no site, de Curitiba.

O Paraná de ontem

O movimento “O Paraná que Queremos” tem como objetivo fundamental a moralização na política paranaense. A ação visa um futuro melhor para o Estado, retirando da vida pública aquelas pessoas comprometidas com as causas próprias e nenhuma para com os paranaenses. A mobilização popular, como já dito neste blog, foi interessante e merece adesão ainda maior da sociedade.

Porém, não se pode deixar para trás fatos históricos e que contribuíram sobremaneira para o empobrecimento do Estado, principalmente quanto ao esfacelamento da administração pública, a partir de uma desenfreada privatização e que teve participação efetiva de políticos que hoje se apresentam como bons moços.

Não podemos esquecer que em 1998, quando o então governador Jaime Lerner definiu pela privatização da Telepar e do Banestado, quem ocupava uma cadeira na Assembléia Legislativa era o agora candidato ao governo, Beto Richa. Foram os deputados aliados aos interesses do Palácio Iguaçu quem aprovaram as privatizações. Richa votou a favor das privatizações das duas empresas, além concessão de rodovias estaduais a empresas privadas.

Historicamente, o Paraná tinha a Telepar como uma das melhores companhias telefônicas do Sul do País, com mais de cinco mil funcionários e em constante expansão. Hoje, nas mãos da Oi/BrasilTelecom, nem a sede em Curitiba, mas sim em Goiânia. O Banco do Estado do Paraná poderia ter sido saneado e não vendido ao Banco Itaú. O banco estava com agências em praticamente todos os municípios paranaenses, com milhares de bancários trabalhando. Com a venda, houve desemprego e o Itaú não investiu e não investirá em locais onde o fluxo de caixa não lhe traga lucros.

Não fosse a mobilização de outros paranaenses de estirpe, como o senador Osmar Dias, a Copel também seria privatizada, como o foi, parcialmente, a Sanepar. Sobre este assunto, é importante a leitura da nota publicada por Esmael Morais, onde o tema também é a privatização destas duas empresas.

O Movimento “O Paraná que queremos”, entendo eu, deve ir além da proposta de moralização na Assembléia Legislativa. É essencial que os organismos iniciadores do movimento alertem a população sobre os riscos que o Paraná corre em ter administradores comprometidos com privatizações e não com o fortalecimento de empresas públicas.

Espero que a Ordem dos Advogados do Brasil amplie a atuação do movimento e os paranaenses saibam, de forma clara, qual o passado político dos pré-candidatos ao Governo do Estado. Ficar apenas no plano parlamentar é muito pouco.

15 junho 2010

Resposta dada

Tão logo deixou o Palácio das Araucárias, após sete anos e meio de governo, Roberto Requião de Mello e Silva começou a fustigar seu sucessor, Orlando Pessuti. As críticas foram as mais diversas, algumas levianas e com um único objetivo: diminuir a importância de Pessuti no cenário político paranaense. A cada ataque do ex-governador, Orlando Pessuti minimizava as críticas e continuava seu trabalho, aumentando o rancor requiânico e de seus áulicos.
Orlando Pessuti, seguindo os ensinamentos de seu pai, Natal Pessuti, soube esperar e no momento certo respondeu aos grunhidos emanados do ex-governador. Na convenção nacional do PMDB, não fez nenhum esforço para obter votos dos convencionais para a candidatura de Requião à presidência da República. Sabe Pessuti que Requião está desesperado para garantir a eleição ao Senado, para continuar vivendo por mais oito anos às expensas dos brasileiros. (Somos nós, cidadãos comuns, quem paga os salários dos parlamentares. através dos impostos recolhidos pelo Governo Federal).
Orlando Pessuti também tem trabalhado no intuito de formar uma coligação ao Governo do Paraná, com PDT, PMDB e PT. A se concretizar, Osmar Dias será candidato a governador, Gleicy Hoffmann (PT), ao senado; e Rodrigo Rocha Loures (PMDB), candidato a vice-governador. Concretizando este fato, Requião corre sérios risco de não se eleger e amargar o futuro no mais puro ostracismo. Terá que concorrer contra a candidata do PT e contra Ricardo Barros, do PP, este apoiando a Beto Richa.
Requião tem absoluta certeza que irá à convenção estadual do PMDB com maioria de votos, melando qualquer pretensão de Pessuti. Há um engano na matemática requianista: é provável que ele tenha apenas 10% dos votos, pois o atual governador tem trabalhado muito junto aos convencionais do interior, tratados com desprezo por Requião e sua claque nos últimos anos.
A resposta será dada na hora e no tamanho certo.

14 junho 2010

Londrina, Adeus!

Pois é. O futebol profissional da cidade de Londrina continua indo cada vez pior. Portuguesa Londrinense e o antes temido Londrina Esporte Clube estão fora do hexagonal final da Segunda Divisão do Futebol Paranaense.
Em contrapartida, o Roma Apucarana, presidido pelo Sérgio Kowalski, já está na segunda fase da competição. Não vi nenhum jogo da equipe apucaranense, pois há pelo menos quatro anos não ponho os pés no Estádio Bom Jesus da Lapa. Mas, mesmo assim, lendo diariamente as notícias do clube, estou sempre informado dos rumos do time na Segundona.
Mas, voltando a Londrina, é importante levar em consideração um erro crucial, cometido pelo interventor do clube, o advogado apucaranense Rubens Moretti. Ao aceitar a proposta da Universe, uma ilustre desconhecida no mundo do futebol, em detrimento do SM Sports, do empresário Sérgio Malucelli, lançou uma incógnita sobre o futuro do Londrina.
O Londrina já vinha de uma desastrosa administração do Peter Silva, obrigando a intervenção na instituição. Tudo levava a um final feliz, com Sérgio Malucelli assumindo a administração do Tubarão, colocando os jogadores do Iraty a defender o clube na Segundona. Até hoje não se sabe os motivos, mas a escolha da Universe foi um grave erro e os resultados estão aí. Os torcedores londrinenses não mereciam isso e agora ficarão mais um ano sem futebol.
Não se surpreendam se, em breve, a Universe abandonar o clube e deixar o Londrina ainda mais afundado na incompetência administrativa. Fica uma pergunta: quem pagará por este erro?

Sem brilho

Exceto Alemanha e Austrália, os demais jogos da Copa da Africa do Sul foram bem chochos. Para os analistas, este é um reflexo da estréia, com as equipes nervosas em campo. Nem a "temida" Jabulani, a bola do jogo, provoca grandes sustos. O que se vê, em alguns lances, é falta de categoria mesmo.

Ainda é cedo para indicar favoritos, mas é bom ficar de olho na Alemanha, que não entrava na lista daquelas em condições de levantar a taça Fifa. De ontem para cá, só se fala no passeio alemão sobre os australianos.

Amanhã (15/06) tem a estréia do Brasil contra os temidos norte-coreanos. O treino dos adversários dos brasileiros chamou a atenção do mundo. Uma fila de jogadores, com as pernas abertas e uma bola joga entre elas. Foi assombroso.
Já o técnico Dunga foi repreendido pela Fifa, pois escondeu treinamentos ao extremo, contrariando as regras da entidade máxima do futebol. Só se espera que ao esconder os treinos, Dunga não leve os jogadores a esconder o futebol na partida de estréia.

12 junho 2010

Limpando a área

As eleições de outubro serão importantes para a história política do País. Está nas mãos dos eleitores a escolha de candidatos comprometidos com a ética e a conduta ilibada quando estiveram atuando na área pública. São ex-administradores públicos - Executivo e Legislativo - que pretendem alçar novos vôos em suas carreiras políticas.
É um momento crucial para limpar a área, tirando das cadeiras legislativas os parlamentares com "ficha suja", mesmo quando não condenados nas ações judiciais que atulham as mesas dos juízes eleitorais. Minha famíia, por exemplo, já decidiu votar em Valter Pegorer, ex-prefeito de Apucarana, para deputado estadual; e Valdemar Garcia, para federal. Por mais que os adversários tentaram, nos oito anos que administraram a cidade, Pegorer e Garcia agiram com lisura.

Sobre o assunto Ficha Limpa, importante a leitura do editoral veiculado na página da Ordem dos Advogados do Brasil.

10 junho 2010

No Momento Certo

Tenho lido e ouvido comentários mais diversos sobre a mobilização popular encetada pela seccional Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil, com apoio da Rede Paranaense de Comunicação, com o tema “O Paraná que Queremos”.

Para os críticos do movimento o resultado foi pífio, com poucas pessoas aceitando o convite para os locais de concentração – Londrina, Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá, Cascavel, Paranavaí, Guarapuava e Ponta Grossa. Eram esperados milhões de paranaenses, mas estes chegaram a milhares.

Isto, porém, pouco importa, pois a onda que cobra moralização na política paranaense já está em movimento. Em todos os rincões do Estado, as pessoas não escondem sua surpresa e descontentamento com as ações de seus representantes no parlamento, que contribuíram para o maior escândalo da história, a partir do desvio de milhões de reais dos cofres da Assembléia Legislativa.

Esta onda não vem fazendo barulho, mas no momento certo, mais precisamente quando das eleições de outubro, irá estourar na praia e varrer dos gabinetes da Assembléia Legislativa os corruptos e malversadores do dinheiro público.

O eleitor paranaense pode não ter comparecido em número expressivo nos locais de concentração, mas está consciente do momento crucial para a mudança.

Este momento me faz lembrar a campanha política para prefeito de Apucarana em 2008, quando as pesquisas contratadas pelo jornal Tribuna do Norte davam esmagadora vantagem a Carlos Alberto Gebrin Preto sobre João Carlos de Oliveira. Havia, contudo, uma margem significativa de eleitores indecisos, mas que na verdade sabiam em quem votar e não se manifestaram. No momento certo, porém, foram às urnas e escolheram quem era o melhor para administrar a cidade.

Assim será, com certeza, nas eleições de outubro deste ano.

08 junho 2010

Contorno de Mandaguari


Está próximo o fim de um dilema para a população de Mandaguari: a retirada do tráfego pesado do centro da cidade. Foi publicado hoje, no Diário Oficial da União, uma portaria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, declarando de utilidade pública uma área de terras da faixa de domínio da União, em conformidade com o projeto elaborado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR).
Uns dos entraves para a execução da obra, parte da Viapar, era exatamente a ocupação da faixa de domínio. Com a portaria do Denit mais um passo é dado e isto significa uma grande vitória para a administração do prefeito Cileninho, com quem tive o prazer de trabalhar na equipe esportiva da Rádio Guairacá.
Ainda não há uma definição de quando a obra será iniciada, mas com certeza no decorrer deste ano, como afirmara a direção da concessionária.


Plebiscito no Paraná

A confirmar o que foi publicado no final da tarde de hoje pelo jornalista Fábio Campana, o futuro político do Paraná está delineado: Beto Richa será referendado governador do Estado, com votação beirando aos 100%.
A eleição de outubro terá uma cara de plebiscito, pois o "bom moço" de Curitiba não terá concorrente à altura. Orlando Pessuti (PMDB) e Nedson Micheleti (PT) não serão páreo para Richa, que está aproveitando este período pré-eleitoral para conhecer o Paraná e não fazer feio na campanha propriamente dita. Não poderá, por exemplo, confundir Ariranha do Ivaí com Rio Branco do Ivaí, ambas na região de Pessuti, ou seja, o Vale do Ivaí.
Uma pena que a campanha tenha tomado este rumo. Osmar Dias ficou quatro anos dizendo ser candidato ao Governo do Estado, mas parece não ter se preocupado em formar uma aliança partidária ao longo deste período. O senador "amarelou" no momento da decisão, abandonando seus eleitores no topo da escada, segurando no pincel.
Já o governador Orlando Pessuti vai ficar com o PMDB, esfacelado pelas intrigas de Roberto Requião. Tem "bala na agulha", mas terá que administrar um partido dividido, com a grande maioria dos deputados - estaduais e federais - já com as malas prontas para embarcar na nau de Beto Richa.
A decisão do senador Osmar Dias, em ficar com o PSDB de Beto Richa, indo para a candidatura à reeleição; e o PT confirmando Gleici Hoffman para o Senado Federal, significam uma pedreira a ser explodida por Roberto Requião. O ex-governador se vê em palpos de aranha para chegar ao Senado, fruto de sua postura no poder, onde somente aglutinou inimigos e agora se vê cercado por uns poucos amigos.

07 junho 2010

Abram as portas

"As indústrias de bonés de Apucarana não produzem mais
por falta de mão-de-obra qualificada".

Frase do empresário Jayme Leonel, presidente da ACIA e proprietário de uma das maiores indústrias do setor da cidade.
Em recente leitura ao jornal Gazeta do Povo, encontrei ampla reportagem sobre pessoas que pretendem ingressar no mercado de trabalho, mas não têm experiência ou são consideradas velhas para trabalhar.
A reportagem era específica a Curitiba, mas podemos trazer a questão para Apucarana. Aqui não é diferente da capital ou mesmo de centros maiores, onde centenas de pessoas querem ingressar no mercado de trabalho, mas são excluídas pela inexperiência ou falta de qualificação.
É importante que os empresários locais abram as portas de suas empresas e contratem pessoas mesmo não qualificadas. É oferecendo oportunidades que poderão qualificar os trabalhadores.
Conversei hoje com o prefeito João Carlos de Oliveira e sugeri que a administração pública firme parcerias, oferecendo cursos de formação profissional aos jovens, diretamente nas empresas. Claro que para isso é preciso analisar a legislação trabalhista, evitando problemas legais que venham a ocasionar prejuízos aos empresários-parceiros.
É triste que centenas de pessoas querem trabalhar, mas encontram as portas fechadas à primeira oportunidade de emprego.

05 junho 2010

História na Praça


Acompanhei hoje a solenidade de inauguração do Quarteirão das Personalidades, uma obra da administração pública de Apucarana, que homenageia os pioneiros do munícípio. O empreendimento, idealizado pelo então prefeito Valter Pegorer, resgata a história de pessoas que moldaram esta cidade, a partir da abertura da mata fechada, no início da década de 1940.


Mais importante que a inauguração, presidida pelo prefeito João Carlos de Oliveira, foi observar a presença de pessoas que acompanharam o crescimento da cidade, a partir de ações de avós, pais e outros parentes. A história de Apucarana, como bem lembrou André Gustavo Pegorer, secretário de Estado da Casa Civil, está exposta a partir da história dos homenageados. O brilho nos olhos, o arrepio na pele, a lágrima que rolou, marcaram a solenidade.


A história de Apucarana está naquela praça e, com certeza, será um local de visitação continuada. Ao menos, pelo que tenho conhecimento, Apucarana é a primeira cidade do País a ter um local determinado, onde todos os seus pioneiros são lembrados. Os totens expõem fotos dos homenageados e outras imagens poderão ser afixadas, pois centenas de pessoas ainda não foram lembradas.

É uma parte da história da cidade que é resgatada, através de fotos e de um pequeno histórico da vida de cada pioneiro e pioneira.

Faça uma visita ao local e conhece um pouco da história de Apucarana e sua gente.
(Foto: Edson Denobi - Prefeitura)

03 junho 2010

Bobagens no Esporte


Assisti ontem à noite aquela "pelada" entre Palmeiras e Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro. O Palmeiras continua no seu caminhar resoluto rumo à Segundona de 2011, pois não há perspectivas para o futuro. Já o Flamengo junta os cacos, depois da saída de Adriano e da crise administrativa pré-Patrícia Amorim.


Isto, porém, não é o assunto principal. Antes e depois do jogo, ouvi rádio e li sobre a vingança de Vagner Love, que marcou o gol da vitória do Flamengo.


Quanta bobagem se fala e se escreve. O próprio jogador (claro que no seu íntimo considerou o gol uma vingança) foi claro ao afirmar que é jogador do Flamengo e não escolhe adversários para fazer seus golzinhos. O Palmeiras foi apenas mais uma vítima do artilheiro. Vagner Love é pago pelo Flamengo e sua obrigação é marcar gols, ajudando sua equipe a sair vitoriosa, não importa contra quem.


Os analistas esportivos de hoje entendem que o jogador, ao passar por determinado clube, não poderá atuar com determinação contra a equipe antecessora. Se assim o fosse, Rivelino não poderia jogar pelo Fluminense contra o Corinthians. Romário e Bebeto, não poderiam defender o Vasco da Gama, contra o Flamengo. Zé Roberto jamais poderia ser artilheiro do Coritiba e Atlético Paranaense, clubes onde atuou no futebol paranaense.


Infelizmente, esta visão tacanha dos formadores de opinião tornaram o futebol sem graça, muito mais uma guerra que um espetáculo. O torcedor, moldado pela estreiteza da opinião dos comentaristas esportivos, já vai a campo preparado para uma guerra, pronto para desmerecer o adversário e, se possível, agredir o algoz de sua equipe.


A bobagem, falada e escrita, se transforma em uma verdade absoluta. Pobre futebol.