APUCARANAHOJE

Nome:
Local: Apucarana, Paraná, Brazil

04 novembro 2010

120 mil habitantes

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou hoje no Diário Oficial da União o número de habitantes do País e de todos os municípios brasileiros. Os números divulgados correspondem à pesquisa populacional realizada até 31 de outubro em 67.275.459 domicílios no território nacional.

Para que meus sete leitores tenham conhecimento, o Brasil tem hoje 185.712.713 habitantes. O Paraná, 10.266.737 habitantes. Os números, porém, ainda não estão fechados e este contingente recenseado deverá aumentar.

Mas, e Apucarana?

Pois é! Nossa “Cidade Alta” está hoje com 119.159 habitantes, mas poderá ultrapassar a marca de 120 mil moradores. Li no site WWW.apukaonline.com.br que restam ainda 640 domicílios a serem visitados pelos recenseadores até o dia 13.

Caso a média se confirme, ou seja, quatro moradores por residência, haverá um salto de 2.560 pessoas e a população deverá chegar a 121.719 habitantes.

É um número de moradores respeitável, ficando a cidade entre as 17 maiores do estado.

1 - Curitiba - 1.678.965

2 - Londrina - 493.358

3 - Maringá - 349.860

4 - Ponta Grossa - 305.545

5 - Cascavel - 283.193

6 - São José - 254.556

7 - Foz do Iguaçu - 250.918

8 - Colombo - 208.805

9 - Guarapuava - 166.195

10 - Paranaguá - 136.911

11 - Apucarana - 119.159

12 - Toledo - 119.002

13 - Araucária - 116.683

14 - Pinhais 112.852

15 - Campo Largo - 107.711

16 - Arapongas - 104.010

17 -Umuarama - 100.025

Estes números indicam a força da cidade e seus moradores não podem ser usados como fantoches por meia dúzia de abilolados, que se consideram, no alto de sua mediocridade, donos de tudo e de todos.

Apucarana não é um feudo, mas uma cidade de todos.

29 outubro 2010

Investimento sem retorno

Industriais de Apucarana estão buscando uma resposta aos investimentos feitos na novela Ti Ti Ti, da Rede Globo, que alavancariam o potencial produtivo do segmento de bonés, pois a personagem Mabi, vivida pela atriz Clara Tiezzi, customizaria o produto ao longo do folhetim.

Pelo roteiro, a personagem usaria boina em tafetá, cetim, lantejoula, napa e sarja, nas cores preto e rosa. Até o momento, porém, poucas foram as vezes que Mabi apareceu utilizando o adereço na cabeça, ficando a maior parte do tempo em ambiente fechado, onde o boné ou boina são inadequados.

A novela estreou no dia 19 de julho, portanto está no ar há quatro meses e pouco se viu de influência da personagem na produção de bonés. Nem mesmo na geração de caracteres do final do capítulo se tem a referência do merchandising da indústria boneleira de Apucarana.

Há uma desconfiança de que os industriais, que investiram na proposta, tenham caído no verdadeiro “golpe da novela”, pois o custo parece ter sido alto. Fala-se em R$ 1 milhão para que a personagem fizesse uso do boné ao longo do folhetim global.

Claro que restam ainda vários capítulos a serem apresentados e ainda há tempo de uma reviravolta na história, com Mabi passando de blogueira de moda a garota propaganda da indústria de bonés de Apucarana.

12 outubro 2010

Migração

Atendendo a vários pedidos de amigos que acessam o blog, criei outro, com a marca inicial do jornalismo na rede APUCARANA HOJE.

Assim, novos artigos poderão acessados no endereço novo www.apucaranahoje.blogspot.com.

Vamos mantê-lo atualizado e esperamos alcançar mais de 1.400 acessos, como tinhamos no anterior.

Boa leitura e grato pelos incentivos e comentários.

09 outubro 2010

Gratidão

Alguns episódios em nossas vidas são marcantes e os carregamos sempre na memória. Quando ainda adolescente, trabalhando no Armarinhos Paraná Santa Catarina, ouviu do seu Juca (patriarca dos irmãos Zezé, Reinaldo e Antônio, diretores da empresa), uma frase: "se tiver que fazer alguma coisa para alguém, faça bem feito para ela nunca esquecer de você".

Hoje, praticamente 40 anos depois, procuro atender as pessoas com gentileza e não as deixo sair sem resposta. Dois casos irei lembrar a seguir.

Em 2002, trabalhava na Câmara de Vereadores e durante vários dias observei uma senhora a procurar um outro servidor. Certo dia, tão logo ela chegou ao prédio do Legislativo, chamei-a à minha sala e perguntei em que poderia ajudar. Com olhos cheio de lágrimas, disse estar correndo o risco de perder a casa onde morava por não ter como pagar o IPTU. Enquanto ela tomava um café, peguei os papéis apresentados e me dirige à prefeitura, para tentar uma solução. Para minha surpresa, bastava trocar a dívida por serviço. Ao informá-la da proposta, a mulher foi ao setor de tributação, voltando minutos depois e, radiante, disse que iria trabalhar por alguns dias onde sonhava: na escola ao lado de sua casa. Cheia de gratidão e feliz, ela deixou minha sala.

Há pouco mais de um mês, um senhor, de 82 anos, teve seu CPF clonado e estelionatários realizaram um empréstimo em seu nome, com descontos na aposentadoria. Ao verificar os descontos, conseguiu ele bloquear a dedução no INSS. Posteriormente, começou a receber cobrança de uma instituição bancária e foi até ao Procon. Ccoube a mim atender a reclamação. Depois de realizar ligações ao banco, provamos que o aposentado fora vítima de um golpe e não poderia ser responsabilizado. A cobrança foi cancelada e restituídos os valores retidos. Semana passada, o aposentado apareceu em minha sala e com um largo sorriso agradeceu por ter conseguido o dinheiro de volta.

Estas duas histórias resumem a frase inicial: "se tiver que fazer alguém, faça bem feito para ela não esquecer de você".

07 outubro 2010

Forasteiros

Muitas perguntas continuam sendo feitas sobre as razões de Apucarana, com mais de 90 mil eleitores não elegeu nenhum deputado estadual. Hoje ouvi uma justificativa: os votantes não gostam da cidade. Pode até ser um dos motivos, mas outro está claro nos registros da Justiça Eleitoral: os votos em forasteiros foram cruciais e fulminaram as candidaturas de Valter Pegorer, Sérgio do Cristma, Mirão e Deco.

Para que meus sete leitores tenham uma idéia, 90.069 votos foram considerados válidos no pleito de 3 de outubro. Desde número, 49.829 votaram em candidatos locais e outros 40.240 em candidatos de outras cidades. O mais votado em Apucarana foi Valter Pegorer, com 28.326 votos; contra 16.141 de Sérgio do Cristma; 2.731 de Mirão; e outros 2.631 de Deco. Nelson Justus, que em nenhum momento da campanha colocou os pés em Apucarana, recebeu 843 votos. Miltinho Púpio, outro paraquedista, obteve 1.555 votos e por aí vai.

Os motivos que levaram os eleitores a votar em forasteiros devem motivar um estudo sociológico e dirimir as dúvidas lançadas após a apuração. Tenho, cá com meus botões, uma justificativa: o eleitor não sabe a importância de um deputado para o município. O parlamentar, apesar de seu papel de fiscalizar as ações do Executivo, pode apresentar emendas orçamentárias para investimentos no município ou em sua região de atuação.

O eleitor, ao escolher um candidato de outra região do Estado, atua contra si, pois algumas de suas necessidades podem deixar de ser atendidas pelo Governo, exatamente pela falta de representatividade no parlamento. Mas, como estamos em uma democracia, o eleitor vota com a consciência e, desta forma, arca com as conseqüências.

Sem Universidade

A vontade dos apucaranenses de terem sua própria universidade dependerá, no futuro, de muita atuação e força política. Na próxima semana, o governador Orlando Pessuti deverá anunciar, de forma oficial, a criação da Universidade Estadual do Paraná, a UEPR.

A nova instituição de ensino superior irá agregar todas as faculdades estaduais isoladas, entre elas a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana - a FECEA. O anuncio não aconteceu antes em razão da campanha política e, ao mesmo tempo, para evitar desgastes às vésperas da eleição de 3 de outubro.

Para mim não é surpresa a não criação da Universidade do Vale do Ivaí (Univaí), pois jamais houve qualquer proposta do Governo do Estado em instituir uma instituição de ensino superior em Apucarana para atender a região. Um factóide serviu para requentar um assunto engavetado a décadas e trouxe à mesa das discussões lideranças políticas e empresariais.

O próprio governador Pessuti afirmou, em alto e bom som, que não criaria uma universidade de uma "canetada". A mensagem fora dada e precisava ser interpretada com um "não" bastante claro. Só não ouviu quem não quis.

Então fiquemos assim: Apucarana não terá a Universidade do Vale do Ivaí.

06 outubro 2010

Indefinição

Para o lado que tender Marina Silva se define a eleição de Presidente da República. Este é o pensamento dos intelectuais da política brasileira.

Mas, afinal, qual será a tendência da ex-candidata, grande surpresa do processo eleitoral de primeiro turno recém findo?

Há no histórico de Marina Silva a participação no governo Lula, como ministra do Meio Ambiente, além de uma das principais lideranças do Partido dos Trabalhadores. Ela deixou o governo e o PT por não concordar com os rumos do partido e de integrantes da administração lulista, mergulhados em escândalos como do "mensalão".

Não se pode negar que Marina Silva teve papel fundamental no primeiro turno, pois com a votação recebida levou o pleito ao segundo turno. José Serra já alardeou ter uma convivência de alto nível com o Partido Verde quando governou São Paulo. Dilma Rousseff relembra os momentos passados dentro do Governo Lula e a história de ambas dentro do PT.

Ambos os candidatos sabem da importância do apoio de Marina Silva e dos eleitores que despejaram 19.636.359 de votos nas urnas. Hoje, em entrevista à Rádio Jovem Pan, Marina Silva afirmou que em 15 dias decidirá qual rumo tomará no segundo turno, ou seja, dez dias antes do pleito.

Sobre este assunto, sugiro a leitura do blog do competente jornalista Paulo Briguet, do Jornal de Londrina.

05 outubro 2010

Jogo de Adivinhação

Um dos meus cinco leitores diários, o Roberto Brasiliano, de Londrina, escreveu recentemente que a postagem sobre o futebol de salão de Apucarana mexeu com seus sentimentos.

Lanço um desafio para estes fiéis leitores: quem são os jogadores desta equipe?


Dica: eles foram campeões dos Jogos Abertos do Vale do Ivaí.

A equipe, dirigida por José Cláudio Pontara, o Tibagi, auxiliado por Robertinho Tucumantel, utilizou os jogadores Jeter, Paulinho Spolador, Sérgio Barreto, Jesiel e Márcio Stábile; Públio, Didico, Alberto, Pancione e Xexéu.





Gladiadores

Um assunto que ainda toma das rodas de discussões sobre o futebol é a violência. Não apenas entre os torcedores, mas também dentro de campo, onde jogadores usam da violência para conter os mais habilidosos.

Tomo a liberdade para disponibilizar aos meus cinco leitores diários um artigo assinado por Frei Betto e publicado no jornal Correio Brasiliense.

Vale a pena perder alguns minutos para ler e meditar as colocações de tão ilustre jornalista, filósofo, teólogo e antropólogo.


O futebol já foi esporte. Hoje, é competição. Já foi arte. Hoje, é violência. Já foi fator de integração social. Hoje, acirra disputas entre torcidas enfurecidas. Os estádios, em dia de jogo, parecem penitenciárias em dia de visitas. Policiais por todos os lados, torcedores revistados, armas apreendidas.

Os jogadores mais se parecem atletas de luta-livre. Entram em campo para trucidar o adversário. Predomina a agressão verbal e física. As faltas não resultam da disputa de bola. São premeditadas e visam a imobilizar o adversário, de preferência mandá-lo para fora de campo ou mesmo para o hospital.

Os valores democráticos são negados pelo ethos guerreiro do futebol que se pratica hoje. Os times entram em campo imbuídos de espírito revanchista. Por trás de cada jogador há o jogo de poder dos cartolas. Os atletas valem pelo que representam monetariamente. São tratados como produtos de exportação. E, num mundo carente de heróis altruístas, eles ocupam o vácuo. São idolatrados, invejados, imitados.

Na cabeça de milhares de crianças e jovens, eis um modo de se tornar rico e famoso sem precisar dar duro nos estudos. Basta ter a habilidade de fazer a bola obedecer a vontade que se manifesta nos pés.

Gigante adormecido não é apenas o Brasil. É também a nossa seleção, desde a conquista do pentacampeonato. Agora ela acorda. Acorda para a Copa de 2014, que terá o Brasil como palco. Alguns bilhões de dólares estão em jogo. Por isso, o que parece uma simples partida entre dois times é, para cartolas e investidores, laboratório destinado a transformar gatos em leões.

O Brasil não pode, em 2014, repetir o vexame de 1950. Naquela Copa, no jogo final, em pleno Maracanã, o Uruguai ganhou do Brasil por 1 X 0. Naquela época, o futebol ainda era esporte. Os estádios não se pareciam a coliseus nem os atletas a gladiadores. E os cartolas torciam mais por seus times que por suas contas bancárias.

Bons jogadores não brotam de um dia para o outro. São preparados desde a infância. Os clubes mantêm escolinhas de futebol. Muitas exigem dos alunos frequência à escola formal e boas notas. Isso é bom. Mas não o suficiente. Essas crianças deveriam também aprender o que significa ética nos esportes. Valores e direitos humanos. Para que, mais tarde, alucinadas pela fama e pela fortuna, não se transformem em monstros suspeitos de cumplicidade com traficantes e de homicídios hediondos.

Alguém já refletiu em que medida o bullying, que tanto assusta as escolas, é reflexo do que se passa em nossos estádios? Onde falta educação campeia a perversão. Se a lei do mais forte é o que predomina aos olhos da multidão, como esperar uma atitude diferente de crianças e jovens carentes de exemplos de generosidade e solidariedade?

Nosso futebol, tão bom de bola, não estaria ruim da cabeça? Não teria se transformado num imenso cassino monitorado por quem angaria fortunas? Faz sentido, num país civilizado, atletas, símbolos de vida saudável, posarem de garotos-propaganda de bebidas alcoólicas?

Há que escolher entre Olímpia e Roma, maratona e coliseu. E conhecer a diferença entre os verbos disputar e aniquilar.

Comida

Você, leitor, tem idéia sobre qual tempo de trabalho é dedicado para a compra de uma cesta básica com arroz, feijão, carne, leite, farinha, batata, tomate, café, pão, banana, açúcar, óleo e manteiga?

Pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos indica que os trabalhadores de salário mínimo, residentes nas capitais dos estados das regiões Sul, Sudeste e Centroeste, trabalham de 93h10minutos a 105h08minutos para adquirir a chamada “ração básica”.

O assalariado, residente em Curitiba, trabalhou 94 horas e 35 minutos no mês de setembro, possibilitando assim adquirir uma cesta de alimentos no montante de R$ 219,28. A cidade é considerada a sétima mais cara do País, conforme publicação do Dieese.

Na variação de preços em doze meses (setembro-2009 e setembro-2010), a maior alta foi da carna (15,86%), saltando de R$ 78,61 para R$ 91,08, valor necessário para a compra de 6,6 quilos do produto. O tomate foi o produto que apresentou maior queda de preço, saindo de R$ 24,03 em 2009 e chegando a R$ 14,85 em 2010. Este valor é suficiente para adquirir nove quilos do produto.

Para a consulta completa dos valores e tempo de trabalho para a compra da cesta básica, em 17 capitais, basta acessar http://www.dieese.org.br/rel/rac/traout10.xml#tabelao