Fulminante

Uma reportagem no Jornal Nacional, edição de ontem (29/09), com aproximadamente quatro minutos de duração, foi suficiente para fulminar a campanha de Beto Richa ao Governo do Paraná. A matéria versou sobre a censura imposta aos institutos de pesquisa pelo candidato do PSDB, impossibilitando, desta forma, que o eleitor tenha conhecimento do momento político no Estado.

Através de seus advogados, Beto Richa tem utilizado do Poder Judiciário (o que é um direito legítima para quem se sente ofendido) para impedir a divulgação dos resultados de consultas realizadas por cinco institutos de pesquisa. O Paraná, salientou a reportagem, é o único Estado da federação onde as pesquisas são censuradas. A OAB e a Associação Nacional de Jornais também condenaram a conduta antipática e antidemocrática do candidato tucano.

Pior que a reportagem, foi a postura do candidato, em entrevista à Gazeta do Povo, ao afirmar que não tem responsabilidade sobre a censura, mas sim os seus advogados. Ao alegar desconhecer as ações emanadas de sua assessoria jurídica, mostra aquilo que o cidadão não aceita de um administrador: omissão. Beto Richa lembra o presidente Lula, que afirmou desconhecer o "mensalão", o maior caso de corrupção do País.

A reportagem no principal informativo noticioso da televisão brasileira fez mais estrago na campanha de Beto Richa que o trabalho realizado por Osmar Dias, outro candidato do Governo do Paraná, em suas andanças por todo o Estado.

Vazio

O debate realizado na noite de ontem pela Rede Paranaense de Televisão (RPC), no meu modesto ponto de vista, não acrescentou absolutamente nada em relação aos anteriores. Os principais postulantes ao Palácio Iguaçu - Beto Richa e Osmar Dias - continuaram na defensiva e não apresentaram fatos para surpreender o eleitor, principalmente o indeciso.

Um ponto deve ser destacado: a preocupação com Curitiba e seu entorno. Os dois trocaram farpas em torno da capital e municípios próximos. A renuncia de Richa ao mandato de prefeito de Curitiba, o lixo da Caximba; o não apoio de Osmar aos programas sociais da capital; entre outros assuntos.

Quanto ao interior, há um vazio de propostas, como se os demais municípios do Estado fizessem parte de um outro território. Claro que ao longo da campanha, os principais candidatos percorreram o Estado, tiveram reuniões com os segmentos produtivos e sociais, quando tiveram oportunidade de discutir programas e propostas.

Faltando quatro dias para o pleito, pouco ou nada pode ser feito pelos candidatos. Mas não se pode esmorecer e a ordem é aproveitar cada minuto para conquistar indecisos, pois qualquer voto é fundamental nesta reta final da campanha.

Desenvolvimento

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro divulgou hoje o índice 2007 de Desenvolvimento dos Municípios. Especificamente sobre Apucarana os dados são importantes, principalmente quanto a dois tópicos - saúde e educação. Deixa a desejar o índice referente a emprego e renda (0,6617%), pois encontra-se bem abaixo do estadual (0,8427%).

No Paraná, Apucarana está na oitava posição, atrás de Curitiba, Londrina, Maringá, São José dos Pinhais, Pinhais, Araucária e Telêmaco Borba.

O índice referente à saúde - 0,9505% - é reflexo do trabalho proposto e executado nos últimos anos, iniciado na administração Valter Pegorer e mantido por João Carlos de Oliveira. Na relação com o Estado - 0,8762% - Apucarana é um exemplo a ser seguido por outras administrações municipais. No tocante à educação - 0,8417% - contra 0,7544% do Estado - isto se dá em função da educação em tempo integral e também à implantação de novos cursos superiores nas instituições aqui instaladas.

No comparativo 2000-2007, houve um crescimento de 17,2%, saltando de 0,6981% para 0,8180. O resultado somente não é mais amplo em razão do índice relativo ao emprego e renda, pois apesar da cidade ser nominada "Capital do Boné", os salários pagos pela indústria boneleira são superiores pouco mais que o mínimo nacional.

Mas, de uma forma geral, os dados da Firjan são significativos e mostram que Apucarana continua sua caminhada de desenvolvimento, com políticas públicas que atendem às necessidades da população, desde a gestante, a criança, alcançando ainda a classe trabalhadora, com capacitação de mão-de-obra na Escola da Oportunidade.

A análise mais aprofundada das planilhas pode ser realizada diretamente no site da Firjan, abrindo as demais páginas disponíveis.

Vida

Um problema no sinal da TV a cabo nesta manhã de domingo me obrigou a buscar opções na programação da televisão nacional. Com as redes comerciais sem sinal, o jeito foi conectar as chamadas alternativas.

Já sabia, mas agora concretizado, que existe vida fora das redes comerciais de televisão. Um canal estatal - NBR - apresentou programas de curta duração, mas de conteúdo de interesse da população. Fiquei sabendo, por exemplo, que pesquisadores da Embrapa estão desenvolvendo um trabalho de tratamento de efluentes com tecnologia nacional, utilizando de lona plástica para selar o fundo das lagoas e impedindo a contaminação do lençol freático. Outro grupo de pesquisadores do mesmo organismo federal elaborou uma máquina hidráulica para extrair óleo vegetal. E por aí vai.

No Canal Brasil, o ator/produtor Rodolfo Botino cozinhava e entrevistava a atriz Patrícia Pilar. Tinha ainda em outros canais programas de pesca, agropecuária, música, cultura, saúde, entre outros assuntos interessantes.

Claro que, por ser domingo, é possível ficar à frente do aparelho e com o controle remoto à mão, escolhendo o assunto que lhe interessa. Assim se descobre que existe informação interessante onde menos se espera. É como dizem os analistas: não gostou, troque de canal.

Penitenciária

Voltou a ser debatida em Apucarana a implantação de uma penitenciária estadual. A necessidade de melhorar o sistema prisional no Estado encontra na cidade uma repulsa de difícil compreensão, não da sociedade como um todo, mas de um segmento: a imprensa.

Este filme já passou uma vez e agora é refilmado, mantendo o diretor e trocando alguns protagonistas, obrigados a repetir as mesmas falas, mesmo passados nove anos da primeira versão. Não há atualização dos fatos, o que não empolga os espectadores.

Pelas condições atuais do sistema prisional regional, é fundamental a implantação de uma penitenciária, como forma de reduzir o número de presos recolhidos nas cadeias públicas. Os presídios mantidos pelo Governo do Estado estão lotados e outros precisam ser erguidos para abrigar os condenados, como determina a Lei das Execuções Penais.

Apucarana, por ser sede de uma subdivisão da Polícia Civil, de um batalhão da Polícia Militar, em breve de um grupamento de Bombeiros, ter ainda judiciário Estadual e Federal, se credencia para receber uma penitenciária, quem sabe industrial, como Guarapuava e Ponta Grossa.

As discussões em torno do assunto prometem ser acirradas. O jornal Tribuna do Norte tem recebido comentários e opiniões diversas sobre a implantação da unidade prisional. Há uma tendência favorável à proposta da Secretaria de Segurança Pública. Sugiro a leitura do comentário da leitora "Maria", que com inteligência trata da importância da penitenciária, não apenas no contexto segurança, mas na aplicação correta dos recursos federais.

Lista

Se depender dos eleitores, dificilmente haverá uma significativa renovação nos quadros da Assembléia Legislativa do Paraná. É o que se observa a partir da lista apresentada pela jornalista Roseli Abrão, do jornal HoraHNews. Nelson Justus e Alexandre Curi, considerados os principais responsáveis (por omissão) pelo rombo de R$ 100 milhões da AL, estão na lista dos reeleitos.

Mas nem tudo está perdido, pois algumas caras novas aparecem, como Valter Pegorer, Gilberto Martin, Stephanes Júnior, Padre Roque, Nanci Rafagnin, Bernardo Ribas Carli, entre outros.

Para o Governo do Estado, a ascenção de Osmar Dias é visível e o desespero de Beto Richa confirma os fatos. Lendo hoje, a coluna do conceituado jornalista Celso Nascimento, na Gazeta do Povo, se observa que a estratégia de Richa ao bloquear a divulgação das pesquisas tem um objetivo: mostrar a queda livre nas amostragens (se é que ela existe).

Entendo eu que as pesquisas, pelo ínfimo número de pesquisados, não reflete a realidade das ruas, mas pode influenciar o eleitor ainda indeciso.

Pancadaria

Restam apenas 10 dias e algumas horas para a eleição ao Governo do Paraná e o clima de pancadaria explícita se acirrou. Os dois principais candidatos trocam farpas e o eleitor aproveita para avaliar a postura dos postulantes à cadeira de governante de todos os paranaenses.

Mas é nos bastidores que o pau quebra de forma clara, chegando às barras dos tribunais.

Hoje (23), por exemplo, os advogados da coligação de Osmar Dias denunciaram uma artimanha do adversário, que utilizando de e-mails passou a divulgar pesquisas falsas. Entendem os defensores da coligação de Dias que a postura de Beto Richa fere dispositivos da Lei Eleitoral e pedem a punição dos infratores.

Há, ainda, outros fatos registrados nas últimas horas, como a decisão de dois candidatos que abandonaram a campanha de Beto Richa. São os casos de Fábio Camargo, postulante a uma cadeira na Assembléia Legislativa; e Valter Sâmara, a federal. Não se pode esquecer dos pedidos (acatados) de proibição da divulgação de pesquisas por parte Beto Richa.

Quanto às pesquisas, há uma pergunta sem resposta: por que antes, apontando liderança de Richa, as consultas eram corretas e agora, com a virada de Osmar Dias, estas apresentam incorreções, se a metodologia é a mesma?

Auxílio Reclusão

O professor Luis de Faveri, diretor do Colégio Estadual “Antônio dos Três Reis Oliveira”, em Apucarana, contava hoje (22/09) ter ouvido de uma senhora que a renda de sua família é superior a R$ 3 mil, mesmo o marido estando cumprindo pena em unidade prisional. Na conversa com outra interlocutora, a mulher relatava que desde a prisão do marido recebe o benefício da Previdência Social.

Surpreso com a afirmação da mulher, o professor me indagou se aquilo era possível. Pois é, caro leitor, o benefício aos dependentes de presos existe no Brasil desde 1960 e foi mantido na Constituição Federal de 1988.

Esse benefício é pago aos dependentes durante o período em que o segurado está preso sob regime fechado ou semi-aberto e que não receba qualquer remuneração da empresa para a qual trabalha, nem auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço. Não recebem auxílio-reclusão os dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou em regime aberto.

De acordo com o Boletim Estatístico da Previdência Social, o INSS pagou 26.645 benefícios de auxílio-reclusão na folha de dezembro de 2009, em um total de R$ 14.495.920. Desses, R$ 13.090.699 foram destinados a dependentes de segurados da área urbana e R$ 1.405.220 da rural. A média paga a dependentes de segurados da área urbana foi de R$ 555,44, enquanto na rural foi de R$ 456,69.

Veja que pelo tempo de existência desde benefício – 50 anos – não foi uma invenção do Governo Lula, o pai dos pobres. Nem nasceu de uma criativa idéia de Dilma Rousseff, quando ocupava a chefia da Casa Civil.

É coisa antiga e basta cometer um crime para ter a família assistida pelo cidadão comum. Enquanto isso, a Previdência Social nega o benefício assistencial para um cidadão de 82 anos e doente, mesmo a Justiça garantido que ele tem direito. Os bens pagos advogados da Previdência Social usam de todos os meios para impedir que o cidadão receba a pensão.

É o país da vergonha, onde a roubalheira é escancarada e que caminha para a ditadura, nos mesmos moldes do regime totalitário de 1964.

Precaução

Diz o ditado popular que "cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém".

Ao assistir ao debate da RIC TV com os candidatos ao Governo do Paraná foi possível observar que os dois principais candidatos - Osmar Dias e Beto Richa - incorporaram o ditado e agiram para evitar qualquer escorregadela que pudesse comprometê-los nos últimos dias da campanha ao Palácio Iguaçu. Richa e Dias mostravam semblantes carregados, numa visível tensão em face dos poucos dias que restam de campanha.

Ambos sabem que uma resposta equivocada ou uma colocação infeliz pode colocar em risco todo o trabalho realizado até o momento. (Que o diga Beto Richa ao chamar os professores de "laranjas podres".) Talvez porisso os analistas entendem que o debate não produziu grande efeito, pois o método utilizado pela organização impedia embates mais acalorados.

A precaução, nesta reta final de campanha ao primeiro turno, será a tônica a partir de agora. As coordenações das campanhas têm alertado as respectivas militâncias para manterem o bom senso e evitar confrontos. Nas ruas, pelo que se observa, cabos eleitorais das duas campanhas dividem de forma harmoniosa os espaços.

O que se espera é que este clima se mantenha até os últimos minutos da campanha. Um erro de estratégia pode ser fatal e ninguém quer tropeçar alguns metros antes da reta de chegada.

Liberdade

O estado democrático de Direito pressupõe, entre outros pontos básicos, a liberdade de expressão. A imprensa, como formadora de opinião, tem papel importante na consolidação da democracia, informando o cidadão sobre os fatos mais relevantes da sociedade e do mundo político.

Esta liberdade, porém, nem sempre atende aos interesses dos detentores do poder. O mais recente ataque à imprensa partiu do presidente Lula, que criticou de forma veemente a publicação das denúncias de corrupção que culminaram com a saída da ministra Erenice Guerra, da Casa Civil. Para o presidente, as notícias sobre o caso são intolerância, ódio e mentira. Claro que por trás desta postura de Lula há um temor de respingar na candidata Dilma Rousseff, que ocupa a preferência do eleitorado na corrida ao Palácio do Planalto.

A princípio, a divulgação da cobrança de propina e de lobby na Casa Civil, envolvendo parentes de Erenice Guerra, não é mentirosa. Não há, ao mesmo tempo, intolerância e ódio, mas sim o direito dos veículos de comunicação em tornar público os desvios de conduta de pessoas que ocupam cargos importantes na administração federal.

A Lula, como filiado ao Partido dos Trabalhadores, cumpre o papel de cabo eleitoral mor de Dilma Rousseff e deve defender e proteger sua candidata. Como presidente da República, deve respeitar a Constituição Federal e a liberdade de imprensa. Querer tolher esta liberdade é tentar levar o País ao abismo do autoritarismo, seguindo o exemplo de seu amigo Hugo Chaves, que não aceita ser confrontado.

Talvez Dilma Rousseff, que colocou Erenice Guerra na Casa Civil, concorde com Lula e Chavez.

O perigo está próximo.

Interior

A possibilidade de segundo turno na campanha para o Governo do Paraná está evidenciada, depois da pesquisa DataFolha, divulgada ontem pela Rede Paranaense de Televisão e hoje no jornal Gazeta do Povo. Hoje, Beto Richa (PSDB), teria 45% das intenções de voto contra 40% de Osmar Dias (PDT). No levantamento passado, realizado entre os dias 8 e 9 de setembro, o prefeito da capital tinha 44% e Osmar Dias 38%.

É no interior do Estado que o candidato Osmar Dias tem a preferência do eleitorado. Segundo o DataFolha, o senador pedetista cresceu cinco pontos percentuais, subindo de 40 para 45%, enquanto Beto Richa permaneceu em 40%. Na capital, Richa caiu de 62 por 57 pontos; e Osmar Dias, subiu de 25 por 26%. A oscilação do senador está dentro da margem de erro – três pontos percentuais.

Outros dados: Richa perdeu eleitores na faixa de 25 a 34 anos, caindo de 55% para 44 por cento. Já Osmar Dias cresceu de 34 para 42% na faixa de 60 anos ou mais; e de 37% para 42% entre os menos escolarizados.

Na pesquisa espontânea, Beto Richa cresceu dois pontos (32 para 34%), ao passo que Osmar Dias saltou de 25 para 29%, crescimento de quatro pontos percentuais.

Estes dados podem ser verificados diretamente no DataFolha. Nesta pesquisa, foram ouvidos 1.246 eleitores, com 16 anos ou mais de idade, entre os dias 13 e 14 de setembro de 2010, em 47 municípios. A margem de erro para a amostra é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Reformas

>>> Gramado do Estádio Bom Jesus da Lapa está passando por um processo de recuperação, com vistas ao Campeonato Paranaense de 2011. Mais de 30 caminhões de terra foram utilizados para cobrir a grama.

>>> Prefeitura de Apucarana vai realizar licitação para contratar empresas que executarão obras de melhorias no estádio. Serão construídos novos sanitários, reformados os vestiários dos visitantes e arbitragem, recuperação do alambrado e melhorias na cobertura das arquibancadas.

>>> Diretoria do Roma Apucarana vai reforçar o elenco, com a contratação de seis novos jogadores. Segundo o jornalista Raul César dos Reis, do jornal Tribuna do Norte, serão contratados dois meio campistas, um atacante, um lateral direito, um zagueiro e um lateral esquerdo.

>>> Diretoria do Arapongas sinaliza investir R$ 2 milhões para montagem da equipe com vistas ao Paranaense de 2011. Haverá uma reformulação geral no grupo de jogadores, pois o objetivo é ficar com o título do interior.

>>> Quarta-feira acontece em Curitiba o arbitral que definirá a fórmula de disputa do Estadual de 2011. O campeonato será disputado em turno e returno, com o campeão de cada fase disputando a final. Haverá uma disputa extra entre os dois primeiros classificados do interior.

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Pesquisas

A legislação eleitoral permite que o cidadão comum tenha acesso a informações antes permitidas apenas por determinação judicial.

É a situação da pesquisa eleitoral, que em caso de dúvida somente poderia ser contestada judicialmente. Hoje, os institutos de pesquisas devem registrar a consulta na justiça eleitoral e disponibilizar os números imediatamente após a divulgação.

Foi com base nesta facilidade legal que me debrucei sobre a pesquisa DataFolha, realizada de 8 a 10 de setembro, para ouvir o eleitor sobre a intenção de votos ao Governo do Paraná. A pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob número 28834/2010, ouviu 1.200 pessoas em 46 municípios paranaenses. Numa simples equação matemática, os pesquisadores, em apenas três dias, consultaram 26 pessoas por cidade ou oito por dia.

Mas a pesquisa traz um dado interessante. Dos pesquisados, 400 são de Curitiba e, portanto, são 800 no restante do Estado. Ocorre, porém, que dos municípios restantes, sete são da Região Metropolitana de Curitiba. Tomando por base que oito pessoas foram entrevistadas nestas cidades, totalizando 56 consultados, restaram 744 pessoas nas demais cidades (38) definidas pelo instituto. Isto corresponde a 19,6 eleitores consultados em cada município.

É importante lembrar que o Paraná tem 399 municípios e 7.601.553 eleitores cadastrados, o número de pesquisados é insignificante em relação ao contingente eleitoral, pois atinge aproximadamente 0,015% do eleitorado. Os dados da pesquisa mostram a relação de cidades, mas sem o número de pesquisados em cada local.

Os números são claros, mas pouco avaliados pelos eleitores. Estes se debruçam apenas aos números fechados, não se atentando às minúcias da pesquisa. O eleitor, facilmente influenciável, pode decidir seu voto pelo resultado da amostra, sem se atentar às propostas do candidato, à sua conduta na vida pública.

Aí reside o risco de seu eleger pela pesquisa e colocar uma pessoa despreparada no comando da administração pública.

Colados

Com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, Osmar Dias e Beto Richa estão tecnicamente empatados na reta final de campanha ao Governo do Paraná.

Pesquisa DataFolha, divulgada hoje (16/09) pela Rede Paranaense de Televisão, indica Beto Richa com 45% das intenções de voto e Osmar Dias, com 40 pontos percentuais. O instituto de pesquisa ouviu 1.246 eleitores de segunda-feira até hoje. Em relação à pesquisa anterior, Richa subiu um ponto, enquanto Osmar acresceu dois pontos.

Os dois principais candidatos à chefia do Poder Executivo estadual estão colados um ao outro nas duas últimas semanas da campanha. Nesta toada, o segundo turno está mais que confirmado, restando saber quem sairá na frente na primeira rodada.

Os dados desta pesquisa ainda não foram esmiuçados, o que deve acontecer na edição de amanhã (17/09) do jornal Gazeta do Povo. Há, porém, uma verdade indiscutível, causadora de calafrios nas fileiras do ex-prefeito de Curitiba: o candidato Osmar Dias cresceu em todos os rincões do Paraná, inclusive na capital paranaense, antes um reduto intransponível.

Nostalgia

Não me lembro a data, pois ainda era uma criança, quando meu pai chegou em casa e disse: "hoje vou levar as crianças (eu e minha irmã) ao cinema". Era o primeiro encontro com o mundo mágico da telona. O filme era "The Bridge on the River Kwai", dirigido por David Lean. No elenco, Willian Holden, Alec Guinness, Jack Kawkins, entre outros.

O enredo girava em torno de um grupo de soldados britânicos, presos e obrigados pelos japoneses a construir uma ponte, por onde passariam trens de transporte de tropas e armas. "A Ponte do Rio Kwai" foi o primeiro filme que assisti e aquela música, assobiada pelos britânicos, ainda está na memória.

Este momento de nostalgia se liga a uma série de TV que assistia na infância/adolescência e hoje apresentada diariamente pelo canal TCM. Trata-se da lendária "Bonanza", a saga da Família Cartwright em sua Ponderosa. Todos os personagens da família (Lorne "Ben" Greene; Pernel "Adam"Roberts; Michael "Joe"Landon; e Dan "Hoss"Blocker) morreram.

A série americana começou foi apresentada de 1959 até 1973 e terminou em razão da morte de Blocker. Outro detalhe da série era a postura de Pernel Roberts, que detestava o roteiro e só ficou até o fim em razão do contrato com a produtora NBC.

Agenda

>>> Gleici Hoffmann, Regina Pessuti e, provavelmente, Maria Tereza Dias, esposa de Osmar Dias, estarão amanhã em Apucarana. O encontro acontece a partir das oito da noite no Salão do Clube 28 de Janeiro. Na pauta da reunião a participação das mulheres na campanha de Dias ao Governo do Estado.

>>> Presidente Lula estará de volta ao Paraná, com agenda elaborada pelo Palácio do Planalto. Lula inaugura obras do Plano de Aceleração para o Crescimento no sábado, às duas da tarde, em Piraquara. À noite, participa de comício em Colombo, juntamente com o senador Osmar Dias.

>>> Valter Pegorer mantém a campanha em Apucarana e região, visitando empresa e conversando com lideranças. Amanhã ele também estará no encontro no Clube 28 de Janeiro. Pegorer vem recebendo apoios importantes em todas as regiões de Apucarana e em cidades do Vale do Ivaí, além de outras regiões do Estado.

>>> Osmar Dias estará amanhã no Norte do Estado, mais precisamente na região de Maringá. O senador tem agenda a ser cumprida em Paiçandu, Nova Esperança, Mandaguari, Maringá e encerra a visita com comício em Campo Mourão.

>>> Apesar de ter dois sites à disposição do eleitor, não foi possível encontrar a agenda do candidato Beto Richa para a quarta-feira.

Novidade

Conversava na manhã de hoje com um partidário de Beto Richa, inconformado com os resultados apresentados pelas últimas pesquisas. Segundo ele, não há nenhum fato novo que possa modificar o quadro em tão curto espaço de tempo. Ao discordar da opinião do eleitor, senti, de imediato, seu abalo emocional e procurei não aprofundar a discussão.

Entretanto, é importante destacar que fatos novos ocorreram e a partir deles foi acesso um rastilho de pólvora, provocando estragos na campanha - até então vitoriosa - de Beto Richa. O candidato mostrou descontrole emocional ao não aceitar críticas do blogueiro e jornalista Esmael de Morais, quando entrou na Justiça para retirar o blog do ar.

Dias depois, o ex-prefeito de Curitiba não aceitou posicionamento de professores em favor do adversário, Osmar Dias. Beto Richa classificou os profissionais do Magistério de "laranjas podres" e os ameaçou de demissão, caso seja eleito governador do Paraná.

Há que se acrescentar o programa eleitoral, plasticamente perfeito, mas pobre de conteúdo. Beto Richa não conseguiu sensibilizar os eleitores com suas propostas absurdas, como adquirir helicópteros para transportar doentes do interior para a Capital. O eleitor, que não é bobo, viu que a proposta era demagógica. Richa também resolveu colar nos programas sociais já existentes, mostrando que seu plano de governo é uma farsa, mesmo registrado em cartório.

Assim, quer queiram aceitar ou não os partidários do candidato tucano, várias novidades na campanha aconteceram nos últimos dias, suficientes para abrir os olhos dos paranaenses. Estes souberam analisar o que é bom para o Paraná. E os resultados estão sendo vistos a cada dia.

Crescimento

A manchete de hoje do jornal Tribuna do Norte, destacando o preço do metro quadrado de duas quadras da Avenida Curitiba, é um reflexo do desenvolvimento de Apucarana. No dia 23 de agosto postamos um artigo denominado Investimentos, onde destacamos o crescimento da cidade, com a chegada de novos empreendedores.

A reportagem do importante jornal regional retrata apenas um área pré-definida da área central da cidade. Mas quem anda por Apucarana observa que o desenvolvimento se estende por outras regiões do perímetro urbano. Bairros antes essencialmente residenciais hoje apresentam empreendimentos comerciais e industriais, gerando emprego e, por conseguinte, renda aos trabalhadores.

Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a população, ao final do censo, superará a marca de 120 mil habitantes. Também a qualificação profissional, através dos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior, possibilitará a abertura de novos mercados de trabalho.

Assim está Apucarana no cenário paranaense, crescendo a olhos vistos e atraindo novos empreendedores e mais consumidores.

OBS: Na semana passada, a Rede de Farmácias Vale Verde abriu sua segunda loja em Apucarana, na Rua Rio Branco, esquina com Nagib Daher. A outra loja funciona na Avenida Curitiba desde o ano passado.

Fracasso

O debate da Rede Massa terminou e pouco ou nada significou para o processo eleitoral que entra em sua reta final. Considero que o encontro de Beto Richa, Osmar Dias, Paulo Salamuni e Luiz Felipe Bergman foi um fracasso.

A expectativa dos organizadores era muito grande e se falava em divisor de águas, suficiente para tirar todas as dúvidas dos eleitores para a escolha do futuro governador do Paraná. Não foi o que se viu, pois os embates tão esperados não aconteceram. Beto e Osmar, os principais adversários preferiram trocar acusações pífias e não se aprofundaram nas questões primordiais do Estado.

Os outros dois candidatos até tentaram acalorar o debate, mas mostraram falta de propostas e alguns assuntos em nada tinham a ver com as questões do Paraná.

Posso até ser exigente demais, mas esperava mais. Os candidatos terão que correr muito nos últimos dias da campanha para conquistar os indecisos, mostrando com mais ênfase seus planos de governo para o Paraná.

Realidade

Analistas políticos entendem que o crescimento de Osmar Dias nas intenções de voto da pesquisa do Ibope, divulgada pela Rede Paranaense de Televisão, se deve ao efeito Lula, ou seja, da presença do Presidente da República nos programas de rádio e TV.

Beto tinha 50% e caiu para 47%. Osmar Dias subiu de 34% para 38%. A diferença, que chegou a 16 pontos, caiu para nove.

Este pode ser um dos pontos de referência, mas no meu entendimento dá-se, também, pelas exeqüíveis propostas de governo apresentadas pelo candidato. O eleitor está tendo tempo suficiente para analisar o que é possível de ser realizado pelo governante. O senador trouxe ao rádio e à TV, nos últimos dias, um programa de governo que atende às necessidades dos paranaenses, principalmente aos do interior.

Beto Richa, não se sabe por quais razões, perdeu o foco ao longo do programa eleitoral, mostrando um ar de “já ganhou” e isto foi notado de forma clara pelo eleitorado. Richa também errou ao comparar o trabalho realizado na capital e o que pretende fazer no interior. São realidades e necessidades distintas.

Também há o choque de realidade. Beto Richa se apresentava ao interior do Paraná como o melhor prefeito da história de Curitiba, graças à imprensa amestrada, paga pelos cofres públicos. Hoje o cidadão vê que a capital vive o caos, com problemas de tráfego, transporte coletivo, saúde, segurança e saneamento básico. As grandes obras anunciadas não foram concluídas e o curitibano sofre pelo descalabro administrativo deixado pelo ex-prefeito.

Richa também mostrou descontrole, ao afirmar que os professores são “laranjas podres” e precisam ser eliminados. Quem paga caro por enfrentar a turma do magistério estadual é Álvaro Dias. O mesmo acontece agora com o ex-prefeito de Curitiba.

Já Osmar Dias é mais cordado, apesar da cara de “Urtigão”, abrindo diálogo com os servidores públicos estaduais. É conversando que se conhece a realidade de cada segmento e o senador vem fazendo isso há vários dias, conquistando seu espaço e apresentando propostas concretas.

Os números estão aí para mostrar a realidade.

Riscos

>>> As quebras de sigilos fiscais, registradas no ano passado e que atingiram pessoas ligadas a José Serra, hoje c andidato à Presidência da República, são fatos preocupantes. A princípio, se fala em pendenga eleitoreira, mas a realidade é outra. Se tais atos não forem contidos e os responsáveis punidos. há um risco de um descalabro no Estado de Direito e comprometendo até mesmo a Democracia conquistada a duras penas. Hoje a quebra do sigilo é política. E amanhã? Não poderá atingir pessoas comuns, consideradas inimigas do poder?

>>> Uma reportagem da revista CartaCapital foi repercutida no jornal HoraHNews, de Curitiba. A matéria trata da Conexão Paraná no escândalo do Distrito Federal, que culminou com a queda do governador José Roberto Arruda. Entre os citados pela reportagem está Cássio Taniguchi, ex-prefeito de Curitiba, um dos integrantes da coordenação da campanha de Beto Richa ao Governo do Paraná.

>>> A utilização do antibiótico oxitetraciclina por pecuaristas brasileiros poderá custar caro às exportações nacionais. A Rússia suspendeu a exportação de carnes bovina e de frango de três unidades do grupo JBS, o maior exportador brasileiro destes produtos. De acordo com a agência de notícias Reuters, as exportações serão normalizadas após os pecuaristas corrigirem as irregularidades constatadas.

>>> Empresários do setor de vestuário do Paraná têm oportunidades de conhecer novos mercados e inovações ao participarem da Feira de Cantão e o setor têxtil de Shaoxing. A feira acontece de 31 de outubro a 4 de novembro e para participar do evento, empresários deverão se inscrever na Fiep até o dai 10 de outubro.

>>> Longa estiagem tem comprometido o abastecimento de água em Apucarana, principalmente nos finais de semana, quando o consumo aumenta. O Ribeirão Caviúna, com a vazão em volume crítico, não consegue suprir a necessidade de abastecimento de toda a cidade. A captação em poços artesianos não é suficiente para complementar o volume de consumo.

Inclusão

Já escrevi neste espaço sobre o esporte como fator de inclusão social. Defendo uma política pública inclusiva, permitindo à criança ter acesso aos esportes olímpicos, desenvolvendo seu potencial e podendo galgar degraus mais elevados na estrutura social.

Lendo hoje a edição online da revista CartaCapital, deparei com um excelente artigo do médico paraense Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. Para os corintianos, simplesmente Doutor Sócrates, um dos integrantes da Democracia Corintiana, juntamente com Vladimir, Biro Biro, Casagrande, entre outros.

A vitoriosa carreira de futebolista de Sócrates é de menos no momento atual. O que importa é a posição que assume quando defende o esporte como forma de contemplar e completar outros dois quesitos sociais: educação e saúde.

Sócrates tem um texto limpo e inteligente, como foi dentro dos gramados.

Dinheiro

Segurança, educação, saúde e emprego são os principais assuntos apresentados pelos candidatos ao governo do Paraná. São questões importantes, ou seja, as preocupações maiores da sociedade. Os candidatos falam o que o povo quer ouvir.

Mas aí surge uma pergunta: haverá dinheiro para tudo isso? Pois é. Das questões apresentadas, duas são de responsabilidade do governo estadual - Segurança e Educação. A saúde, no atendimento primário, é do município. Já o emprego, da iniciativa privada.

Óbvio que a deverá ter a participação do governo estadual nestas duas e para aquelas os investimentos serão grandes para atender às necessidades da população. Para melhorar a segurança pública, o governo estadual terá que contratar mais policiais (civis e militares) e isto demanda orçamento, ou seja, dinheiro. O mesmo ocorre com a educação, com acréscimo de professores e pessoal administrativo. Nestes dois setores, tem-se que atender os limites constitucionais de despesa com pessoal.

Na saúde, na fase primária, os municípios recebem recursos, em parcela maior, do Governo Federal. A má gestão pública municipal deixa o contribuinte abandonado e não adianta buscar socorro no governo estadual, pois este não tem responsabilidade se não houver o encaminhamento.

Para o emprego, o Governo do Estado pode oferecer benefícios fiscais, mas respeitando a legislação vigente. A Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo, impede ao Estado abrir mão de tributos, sob pena do administrador ser punido, até mesmo com a perda do cargo.

Portanto, em tempo de campanha eleitoral os candidatos fazem as mais diversas promessas, mesmo sabendo ser impossível cumpri-las.

Demagogia

A campanha eleitoral surpreende a cada dia. O candidato Beto Richa, em Mandaguari, afirmou com todas as letras que construirá o contorno da cidade. Mais surpreendente ainda é a postura do prefeito Cillenio Pessoa Pereira Júnior, ao assinar esta postura demagógica de Richa.

Afirmo ser demagógica, pois em junho, neste mesmo blog, noticiei a autorização do Ministério dos Transportes para a realização da obra. A concessionária Viapar dependia desta autorização para viabilizar a obra. Significa, portanto, que a atitude de Richa, ao anunciar o contorno de Mandaguari não passa de demagogia eleitoral.

Felizmente o povo de Mandaguari já está escaldado com tanta conversa mole. O Contorno será construído pela Viapar e já foi autorizado pelos governos Federal e estadual.

Proibido

Leio com freqüência os principais jornalistas esportivos do País, em blogs e nos jornais impressos. O que me intriga é o chamado "politicamente correto" no futebol, onde é proibido qualquer ato além da técnica e da construção da jogada que resulte em gol.

O mais recente ato "hostil" foi praticado por Neymar, que aplicou um chapéu em Marcinho Guerreiro, grande craque do Avai. A jogada estava parada, depois de falta de Neymar no atleta do clube catarinense. Quando Marcinho se levantou, o craque santista deu-lhe o chapéu. A partir daí, surgiram as mais diversas afirmações: Neymar é irresponsável, indisciplinado, moleque, etc, etc ...

Outro diz respeito a Rogério Ceni, goleiro do São Paulo, que na quinta-feira chamou a atenção por sugerir a entrada de Cleber Santana, ao final a partida contra o Atlético Goianiense. Para os jornalistas, a atitude do renomado goleiro foi desrespeitosa em relação ao treinador Sérgio Baresi.

Nas suas oportunidades, considero as críticas excessivas. No caso de Neymar, o jogador é, ainda, um menino, mas já uma realidade de craque, diante da mediocridade atual do futebol brasileiro. Fosse hoje, Rivelino seria um irresponsável e desrespeitoso ao adversário, pois aplicava o "elástico", deixando seu marcador sem reação em relação ao inesperado.

Rogério Ceni é unanimidade em liderança dentro do São Paulo e tem plenas condições de opinar, sempre com vistas ao melhor para sua equipe. Fosse hoje, jogadores como Gerson, Carlos Alberto Torres, Dudu, Pedro Rocha, Carpegiani, Dirceu Lopes, só para citar alguns, não poderiam discutir tática com seus treinadores.

Infelizmente, diante da mediocridade do futebol brasileiro, sempre aparecem aqueles que se afirmam donos da verdade e querem definir o que é certo e o que é errado.

Futebol é arte e os artistas devem ser respeitados por seus atos e atitudes.

Notícias

Restam poucos dias para o eleitor escolher os governantes - Presidente e governador de Estado - para o período 2011 a 2014. Os números do Ibope já consolidaram a vitória de Dilma Rousseff para a presidência da República. Já para o Governo do Estado ainda não há uma definição.

Beto Richa e Osmar Dias ainda polarizam as discussões, mas há muitos fatos ainda encobertos, principalmente quanto à conduta dos principais postulantes à administração estadual.

O jornal HoraHNews, de Curitiba, traz uma edição extra com importantes notícias sobre os candidatos. Nós, interioranos, nos pautamos pelas informações veiculadas no âmbito doméstico, pouco sabendo do que ocorre na capital do Estado, mas precisamente nos bastidores do poder.

Uma leitura a este jornal poderá fazer pensar e, quem sabe, definir o voto. Não será possível errar e reclamar por quatro anos. Meu voto já está decidido e uma coisa é certa: não pretendo a volta ao passado, pois tenho olhar no presente e visão de futuro.

Futuro

Notícias importantes começam a surgir nos bastidores do futebol, principalmente quanto ao Roma Apucarana, com vistas ao Campeonato Paranaense de 2011. A oficial, já divulgada, diz respeito à renovação de contratos dos principais jogadores, definindo, desta forma, uma base sólida para a competição.

O presidente Sérgio Kowalski, sem alardear, começa as tratativas em torno de firmar contrato com patrocinadores, pois o campeonato será difícil. Subir, para não se manter, não será aceito pela fanática torcida. Com estrutura financeira, será possível contratar jogadores de qualidade e fazer frente à jornada que se avizinha promissora. Pelo que soube, Kowalski tem conversado com um empresário da cidade e este poderá ostentar as marcas de seus produtos nos uniformes do Roma Apucarana.

Quando subiu, escrevi neste espaço que é preciso melhorar as condições do "Bom Jesus da Lapa", oferecendo segurança e conforto a torcedores, jogadores, árbitros e imprensa. O gramado do estádio está bastante judiado e seria bom aproveitar estes próximos meses para sua recuperação. Não será necessário erradicar o gramado, mas submetê-lo a um tratamento, depois de uma análise de solo e corrigir com nutrientes.

O primeiro passo da caminhada foi dado, ou seja, chegar à Série Ouro. Agora é consolidar o objetivo maior: representar com dignidade o futebol do Norte do Estado, tendo estrutura e o apoio incondicional da torcida.

Preocupação

O transporte coletivo urbano de Apucarana passará por mudanças nos próximos meses, a partir da aquisição da Viação Apucarana pelo Grupo Constantino, de Minas Gerais; e que administra a empresa Transporte Coletivo Cidade Canção, de Maringá.

A notícia da confirmação do negócio foi publicada pelo jornal Tribuna do Norte, em sua edição de hoje e repercutida por toda a imprensa, em verdadeiro furo de reportagem.

Mas se por um lado a notícia tem grande importância na economia local, por se tratar de um grupo sólido e tendo como uma de suas principais empresas a Gol, a aquisição da Viação Apucarana traz uma preocupação.

Tomando por base o que foi realizado em Maringá, com a implantação do sistema de cartão, deverá haver um significativo número de demissões no quadro funcional da VAL, especificamente quanto aos cobradores. Hoje, conversando com funcionários da empresa, foi possível constatar o estado preocupante. Ao mesmo tempo, há um sinal de confiança, pois não está afastada a possibilidade de ampliação da frota e, por conseguinte, contratação de motoristas.

Por enquanto as colocações acima são revestidas de hipóteses, mas o futuro preocupa alguns e abre esperança para outros.

Luzes

Durante um bom tempo, andar pela região onde resido era preocupante, especialmente à noite. Hoje dá gosto andar por aqui, porque aquelas luminárias rebaixadas foram finalmente retiradas e deram lugar a outras, elevadas, bem mais potentes.

E os trabalhos continuam, com funcionários da Copel instalando as novas luminárias por outras ruas do Bairro São José. São investimentos realizados pela prefeitura municipal de Apucarana, a partir da arrecadação da taxa de iluminação pública.

Antes, outras regiões da cidade já haviam sido contempladas com a substituição das luminárias. Quem anda pelo centro de Apucarana no período noturno observa de forma clara a mudança no sistema de iluminação pública.

Investir em iluminação pública é garantir mais segurança ao cidadão, especialmente o trabalhador que sai de madrugada de sua residência em direção ao local de trabalho.

Apucarana pode não ser a cidade que muitos gostariam de morar. Ela tem problemas, com certeza, mas estão sendo resolvidos, apesar da limitação orçamentária, causada pela queda na arrecadação de tributos federais, que formam o Fundo de Participação dos Municípios.