APUCARANAHOJE

Nome:
Local: Apucarana, Paraná, Brazil

29 julho 2010

Censura

A legislação eleitoral privilegia cada vez mais o político em detrimento do cidadão/eleitor, privado de conhecer as ações dos ocupantes de cargos públicos.

Para a campanha em andamento, a imprensa não poderá realizar, por exemplo, charges de candidatos. Os políticos não podem ser expostos ao ridiculo, estabelece a Resolução 23.191, do Tribunal Superior Eleitoral. É a censura cada vez mais presente no País, apesar da Constituição Federal pregar ao contrário.

Sobre o assunto o site Congresso em Foco, sediado em Brasilia, traz uma interessante entrevista com o jornalista Marcelo Tas, que apresenta o CQC pela Rede Bandeirantes de Televisão nas noites de segunda-feira. Pela resolução, o programa será um dos mais afetados pela censura imposta pelos ministros do TSE à liberdade de expressão e de imprensa.

Salonismo

Lendo a Folha de Londrina, edição de segunda-feira, sobre o futebol de salão londrinense, veio a lembrança da Copa Tibagi, quando trabalhei como repórter para a equipe esportiva da TV Tibagi, de Apucarana. Tempos áureos de ginásios de esportes lotados em Maringá, Marialva, Astorga, Centenário do Sul, Colorado, Altônia, Pérola, Paranavaí, Santo Antônio da Platina, Campo Mourão, Cascavel, entre outras inúmeras cidades do interior do Paraná.

Tive o prazer de trabalhar com Sérgio Neves, Antônio Fermenton, João Nereu, Luis Tibério, Nelson Baltazar, onde o aprendizado foi fantástico. A audiência da Tibagi, nas noites de sexta-feira, com as transmissões ao vivo, superava a toda poderosa Rede Globo.

As equipes de maior poderio eram a Cacique, de Londrina; Galeria dos Esportes, de Maringá; Tagliari, de Campo Mourão; Demafra, de Paranavaí; Cascavel e Centenário do Sul. Na reta final da competição, a briga pelo título ficava entre elas e o respeito se sobrepunha dentro da quadra.

Foi uma fase fantástica do salonismo paranaense, principalmente para as equipes do interior.

Hoje os tempos são outros, com o amor a camisa dando lugar ao profissionalismo, mantido a altas cifras financeiras.

28 julho 2010

Futebol

>> Marcelo Toscano, atacante do Paraná Clube, está trocando o clube paranaense pelo Vitória de Guimarães, de Portugal. O jogador, que tem passe junto a agremiação portuguesa, está desesperado por causa dos atrasos salariais e pediu socorro em terras lusas.

>> Enquanto um brasileiro vai para Portugal, outro volta do exterior. Deco, do Chelsea, assinou a rescisão de contrato com o clube inglês e deverá acertar com o Fluminense, como anunciado durante a Copa do Mundo. Deco é brasileiro, mas com nacionalidade portuguesa.

>> Fábio, artilheiro do Roma Apucarana na Segunda Divisão, deverá ser vendido ao final da competição. A direção do clube ainda não se manifestou a respeito, mas se comenta que o Coritiba tem interesse no atleta. O jogador já marcou 11 gols na competição estadual.

>> Atacante Sérgio Júnior, que jogava no Santa Helena (Goiás), foi contratado pelo Portimonense, de Portugal, para atuar na temporada 2010-2011. O jogador, de 31 anos, já atuou na Coréia do Sul, China, Peru e Arábia Saudita.

>> Guilherme, atacante que começou a carreira no Cruzeiro (MG), está de volta ao Dínamo Kiev, da Ucrânia, que tem os direitos federativos do jogador. O jogador estava no CSKA MOscou, onde marcou cinco gols na temporada 2009-2010.

Amadurecimento

A campanha 2010 está apenas começando e alguns candidatos, animados pela claque sevandija, repensam o futuro político, por descobrirem-se abandonados pelos eleitores e seguidores. Diante do quadro desolador que avizinha, abandonam as candidaturas e transformam-se em cabos eleitorais de outros candidatos, em troca de polpudas contribuições para cobrir “gastos”.

Os coordenadores das campanhas comemoram o alijamento voluntário, visto que estas pseudo-lideranças em nada contribuirão para o sucesso da candidatura majoritária.

Felizmente, para os eleitores, estas candidaturas natimortas em nada influenciarão no propósito de renovar o quadro político do Paraná, combalido por denúncias desvio de recursos da Assembléia Legislativa e por milhares de dólares surgidos, sabe-se lá de onde, no armário de Eduardo Requião, irmão do ex-governador Roberto Requião.

Há um amadurecimento claro do eleitorado paranaense. Já não se ganha uma campanha política apenas com palavras, mas sim com ações efetivas que beneficiam a população. O eleitor está consciente do seu papel como agente transformador da história política do Paraná.

Resta pouco mais de 60 dias para se decidir o futuro do Estado para os próximos quatro anos. Não se pode olhar o futuro sem avaliar os feitos do passado. A decisão equivocada do eleitor poderá custar caro.

O futuro depende apenas do eleitor.

Violência

O trânsito continua fazendo vítimas, tanto na área urbana como nas rodovias. São mais de 34 mil mortes registradas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), que comemora uma redução após a implantação da Lei Seca, aquela que pune o motorista que dirige sob efeito de álcool.

Mas a violência no trânsito tem muitos fatores e a negligência de quem cuida das rodovias também deve ser creditada.

No sábado, na Rodovia do Café, entre Jandaia do Sul e Cambira, uma jovem de 22 anos morreu após colidir o veículo que conduzia com uma caminhonete. Um detalhe chama a atenção: o carro da jovem rodopiou na pista e colidiu de traseira com o outro veículo.

Lendo a notícia e vendo as imagens do Jandaiaonline é possível observar que a rodovia estava em reforma e havia muito pedrisco sobre a pista. Infelizmente, a sinalização era ineficiente e pode ter concorrido para o acidente.

Os motoristas que trafegam pela BR 376 reclamam - com razão - que a concessionária Viapar não sinaliza devidamente o trecho em obras. O risco de acidentes é grande e a continuar a negligência da empresa, nova tragédia poderá acontecer na rodovia.

O usuário, obrigado a pagar a escorchante tarifa de pedágio, merece um tratamento melhor.

26 julho 2010

Renovação

Política e futebol caminham lado a lado e precisam passar por processos de renovação. Os atores destes segmentos envelhecem e devem ser substituídos por mais jovens, com mentes arejadas e dispostos a transformar os ambientes em que atuam.

O comparativo pode parecer estapafúrdio, mas é real.

A renovação no futebol começou hoje, com a apresentação de Luiz Antônio Menezes, ou simplesmente Mano Menezes, como novo treinador da seleção brasileira. Com ele, uma leva de novos jogadores, ainda na tenra idade (23 anos em média) e dispostos a conquistar o espaço no cenário mundial. A eles caberá levantar o ânimo do torcedor brasileiro, depois do fracasso na Copa do Mundo da África do Sul.

Na política, depois do escândalo na Assembléia Legislativa do Paraná, com R$ 100 milhões desviados dos cofres do Poder Legislativo, também é hora de renovar. Políticos da "velha guarda", sem ânimo para defender os interesses da população, devem ser retirados de suas cadeiras, dando lugar a novas lideranças, dispostas a oxigenar aquele espaço.

São dois momentos - um iniciado hoje - e outro em andamento, com término previsto para outubro. O recomeço deste acontecerá em janeiro, quando da posse dos novos deputados.

A seqüência daquele dependerá dos resultados e quiçá Mano Menezes possa conduzir a seleção a resultados positivos, inclusive com a tão sonhada medalha de ouro nas Olimpíadas.

Paraquedismo

Tempo de eleições é interessante, principalmente para quem observa a postura de candidatos antes e depois do pleito.

Nos últimos dias, um esporte radical pode ser visto em Apucarana: paraquedismo.

Pois é! Candidatos que aparecem de quatro em quatro anos estão de volta, encontrando com os eleitores como se fossem velhos conhecidos. É a busca desesperada por votos, como forma de se manter no poder e retornar à cidade nas próximas eleições.

Infelizmente para os paraquedistas é a postura dos eleitores apucaranenses, que mostra decisão em eleger um candidato próprio. Quem leva vantagem é Valter Pegorer, prefeito em três edições, que trabalha sério para se eleger e bem representar a cidade e o Vale do Ivaí na Assembléia Legislativa.

Nos últimos dias, Pegorer teve reuniões em Maringá, Paranavaí, Cruzeiro do Oeste, Pitanga, Borrazópolis, Cambira e Umuarama, onde se encontrou com lideranças e recebeu apoios, com vistas ao pleito de outubro. Em Apucarana, ele realiza pelo menos quatro reuniões por dia e segue entusiasmado com os apoios recebidos.

25 julho 2010

Cuidado

Durante um bom tempo, atuei como repórter na editoria de polícia no jornal Tribuna do Norte, onde acendeu uma luz que me levou à faculdade de Direito. No contato direto com professores como Anção Sobrinho, Vladimir Stasiak, Roberto Carlos de Oliveira, Fernando Sartori, Rosângela Sartori Borges, Fladimir Belinati, entre outros, ouvi muitas vezes que a imprensa precisa tomar cuidado no momento de divulgar um fato.

A presunção da inocência, antes da apuração completa do caso, deveria ser avaliada, evitando um julgamento antecipado do acusado.

Hoje, lendo uma entrevista do professor e doutrinador Roberto Delmanto, um dos renomados criminalistas do País, me veio à mente os ensinamentos dos professores na faculdade.

Concordo com as colocações de Delmanto quanto aos excessos da imprensa, mas é importante colocar que as autoridades policiais e judiciárias têm culpa pela comoção social, pois jogam-se sob os holofotes, passando informações de investigações não concluídas.

Leiam a entrevista. É mais interessante.

23 julho 2010

Mínimo

A Rede Paranaense de Televisão (RPC) divulgou hoje a primeira pesquisa de opinião pública para a corrida ao Palácio das Araucárias.

Beto Richa tem 43% das intenções de votos e Osmar Dias 38 pontos percentuais. A diferença entre os dois é mínima, devendo ser considerada como empate técnico.

A liderança de Richa merece ser analisada com profundidade e não comemorada, levando-se em consideração que está em campanha a mais tempo que seu adversário. Osmar Dias demorou para decidir pela candidatura, permitindo a Richa consolidar o nome. Este percentual de votos do senador indica que seu nome está bastante forte entre o eleitorado paranaense.

Nos últimos dias, os partidários de Richa davam como certa a vitória. Com o resultado da pesquisa, é preciso colocar as barbas de molho e pensar em um trabalho mais sólido para conquista dos eleitores.

O mesmo caminho deve ser trilhado por Osmar Dias, pois a pesquisa mostra que existe um contingente significativo de indecisos - 14% - e este número pode decidir a eleição.

A campanha apenas começou e os números da pesquisa servirão para determinar novos rumos aos dois candidatos.

22 julho 2010

Modelos

O pré-plano de governo de Osmar Dias traz duas propostas desenvolvidas e com sucesso em Apucarana: Educação em Tempo Integral e Projeto Oásis. Este remunera produtores rurais que preservam o meio ambiente, recuperando matas ciliares e nascentes existentes nas propriedades. Aquele mantém as crianças na escola ao longo do dia, com reforço escolar, atividades físicas e culturais, além de alimentação de qualidade. Há, ainda, a Casa da Gestante, que com o atendimento materno-infantil reduziu a mortalidade infantil no município.

Apesar de parte da grande imprensa do Paraná olhar Apucarana de soslaio, a grande verdade é que estas três experiências bem sucedidas servem de modelo para outros municípios e até mesmo para outros Estados.

O que importa é o sucesso das duas primeiras propostas, vistas como inovadoras, contribuindo para o desenvolvimento do município. Tempo Integral e Oásis nasceram da visão vanguardista de Valter Pegorer, nos oito anos à frente da administração municipal de Apucarana.

Hoje, os três projetos continuam mantidos pelo prefeito João Carlos de Oliveira, com o mesmo sucesso do antecessor.

São coisas de Apucarana, que são reconhecidas pela população como modelos de gestão pública e social.

21 julho 2010

Alimentação

Terminou o Jornal Nacional e uma notícia me chamou a atenção: crianças gaúchas estão tendo reforço na merenda escolar, com alimentos produzidos pelos pais dos alunos.
Pode parecer um fato inédito, mas em Apucarana isto já acontece há pelo menos oito anos, com dezenas de produtores rurais comercializando alimentos diretamente para a prefeitura. O dinheiro vem do Governo Federal e é repassado aos agricultores.
São alimentos frescos, doces, carne, pães, compotas, frutas, café, leite, hortaliças e legumes, levados diretamente à mesa dos estudantes. Com alimentação reforçada, o rendimento dos alunos melhora e o resultado pode ser medido no Índice de Desenvolvimento do Ensino, divulgado pelo Ministério da Educação.
Mesmo sem ufanismo, o resultado foi comemorado pelos professores e pais de alunos. A meta proposta pelo MEC para 2012 foi alcançada dois anos antes. Se existe caos no trânsito, na educação em tempo integral Apucarana é um exemplo para o País.

Carros

O município de Apucarana tem uma população estimada em 121.290 pessoas, conforme dados do IBGE. Ao mesmo tempo, tem registrado no Detran 55.222 veículos até maio deste ano. Destes, 31,8 mil são carros e 10,4 mil motocicletas.
Isto significa que aproximadamente 46% da população é possuidora de veículos, entre carros, motos, ônibus, caminhões, caminhonetes e por aí vai. Não se contam as bicicletas, pois estas não dependem de registro.
A cidade, planejada na década de 1940 para ser habitada por 50 mil pessoas, tem quase três vezes mais habitantes que o previsto. A infraestrutura urbana seguiu o padrão de cidade pequena, com vias alimentadoras estreitas e apenas uma avenida.

A partir desta análise simplista, está caracterizado o mapa do caos urbano que se transformou a cidade. Hoje, quem utiliza de seus veículos se vê, em alguns momentos, praticamente parado no trânsito e sem alternativa de escapar dos congestionamentos.

Por mais que os técnicos estudem formas de desafogar o trânsito, sempre são encontrados obstáculos. Uma das causas é a topografia da cidade e a outra é o modelo das vias existentes.
Utilizar do transporte coletivo seria uma hipótese para reduzir o número de carros na área central. Entretanto, o sistema atual é obsoleto e não atende as expectativas da população.
Assim sendo, que o caos permaneça.

19 julho 2010

Defesa

O advogado Nilso Paulo da Silva protocola amanhã, no Tribunal Regional Eleitoral, a defesa do candidato a deputado estadual Valter Pegorer (PMDB), noticiado por suposta improbidade administrativa quando administrava Apucarana.

O defensor afirmou que a notícia protocolada por Milton Ferreira, um empresário de Apucarana, não fere nenhum dispositivo da Lei da Ficha Limpa e, portanto, inexiste qualquer possibilidade do registro da candidatura ser impugnada.

A denuncia, apesar do abalo inicial, não tirou o entusiasmo de Pegorer, que está cada vez mais animado com os rumos da campanha. Uma série de reuniões está agendada pela coordenação da campanha, principalmente com lideranças de bairros de Apucarana. Em cidades do Vale do Ivaí o trabalho continua em bom ritmo, com a participação da vereadora Telma Reis, presidente do diretório municipal do PMDB de Apucarana.

18 julho 2010

Ecos

>> Gleici Hoffmann esteve em Apucarana no sábado (17/05) no lançamento da campanha de Valter Pegorer, candidato a deputado estadual pelo PMDB. A candidata petista ao Senado Federal pediu votos para ela e para o ex-governador Roberto Requião.

>> Por falar em Requião, ele não esteve em Apucarana e seu nome passou ao largo durante o pronunciamento do governador Orlando Pessuti. O rompimento entre os dois está bastante claro e a guerra é declarada nas hostes palacianas.

>> Osmar Dias fez questão de enaltecer o desprendimento de duas lideranças do PDT de Apucarana: empresário Tião da Femac e o vereador Júnior da Femac. O senador falou do gesto de grandeza de ambos ao aceitar a união de dois grupos políticos em busca de um objetivo comum: a vitória para o Governo do Estado.

>> Prefeito João Carlos de Oliveira deu o tom: apesar de estar em um grupo político de vários partidos, vai apoiar a candidatura de Osmar Dias e Valter Pegorer.

>> O deputado federal Osmar Serraglio (PMDB) foi o único parlamentar presente ao lançamento da campanha de Valter Pegorer. Candidato à reeleição, ele deverá fazer dobradinha com Pegorer em Apucarana e outras regiões do Estado.

>> Advogado Sérgio Souza, de Ivaiporã, poderá ser o primeiro senador do Vale do Ivaí. Primeiro Suplente de Gleici Hoffmann, o advogado tem grandes chances de ocupar a cadeira na Câmara Alta, caso a senadora vier a ser eleita e, num eventual governo Dilma, ser chamada para ocupar cargo no Palácio do Planalto.

Sem rusgas

Desde o momento da definição da coligação PDT-PMDB-PT, surgiram comentários sobre a impossibilidade de Valter Pegorer ocupar o mesmo palanque com Osmar Dias. O motivo era um só: o senador é amigo de longa data dos irmãos Scarpelini, inimigos declarados de Pegorer.

Pois bem. No sábado, durante o lançamento da campanha de Pegorer, ficou bastante claro que Osmar Dias está muito mais afinado com os atuais companheiros. Uma frase dita pelo senador, em seu pronunciamento, é emblemática: "há muito tempo gostaria de estar ao lado de Valter Pegorer, um político respeitado em todo o Paraná".

Osmar Dias também deixou claro que André Pegorer, secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, teve importância fundamental para este ajuste. De acordo com o senador, quando soube que André é filho de Valter Pegorer, afirmou: "preciso muito conhecer o seu pai, a quem admiro muito".

Se rusgas existiram no passado, estas foram devidamente sepultadas nos encontros que aconteceram entre eles.

Assim, não existem mais obstáculos para o grupo de Valter Pegorer caminhe de forma tranqüila ao lado de Osmar Dias na campanha ao Governo do Estado, tendo o Partido dos Trabalhadores como figura importante na coligação.

17 julho 2010

Trânsito

Ruas estreitas, falta absoluta de sinalização, movimento intenso de veículos e pedestres.

O vai e vem de veículos e pedestres exige uma boa dose de paciência, principalmente ao passar pelos cruzamentos não sinalizados. Não há uma preferencial definida e com freqüência acontecem colisões. Para quem pára de forma brusca, a colisão traseira é inevitável. Os pedestres são alvos dos condutores dos veículos e os atropelamentos, felizmente, não causam ferimentos graves.

O bom senso é a arma principal para evitar os acidentes, especialmente ao condutor menos apressado. Na maioria das vezes, o ideal é buscar os horários de menor movimento de veículos e pessoas, no meio da tarde, quando bancos estão fechados e os trabalhadores estão ocupados em suas funções.

Fazer compras nos supermercados é realmente um exercício de paciência. Os compristas estão sempre apressados e não respeitam ninguém. Corredores atulhados de carrinhos e pessoas com suas cestas abarrotadas, como se este fosse o último dia de suas vidas.

É um momento especial para quem pretender descarregar a ira por uma semana intensa de trabalho estressante. Os outros compristas que se lixem, não importa a dor no calcanhar, récem atingido pelas rodas de um carrinho desavisado. Quem mandou parar, para evitar uma colisão.

Vamos às compras e salve-se quem puder.

15 julho 2010

Emoção

Quinta-feira, frio de congelar pinguim, chuva gelada e .......... ônibus lotado e atrasado. Nada mais emocionante.

Fazia um bom tempo que não utilizava o eficiente sistema de transporte coletivo de Apucarana. Com tempo bom, prefiro caminhar de casa ao trabalho, observando o povo e a situação da cidade. Andando você vai dando de cara com as transformações do cotidiano.

Com chuva e frio, a opção é o transporte coletivo. Dentro dos pomposos e modernos veículos da Viação Apucarana, é possível dividir espaço com figuras de diversos tamanhos e estilo. Também é possível praticar exercícios físicos, pendurado nas barras superiores, aguentando as freiadas e arrancadas, os encontrões de outros passageiros.

Isso sem falar nas crianças. Estas são especiais. Educadíssimas, ocupam os bancos e deles não arredam o pé, nem mesmo quando um idoso ou uma grávida estão de pé, se equilibrando para não "capotar" dentro do coletivo. Os pais, ao lado, não movem um musculo, como se aqueles "pimpolhos" não lhes pertencessem.

Enfim, quem anda de ônibus sabe muito bem do que estou dizendo. É trágico, com uma ponta de emoção.

14 julho 2010

Sismo

Um abalo sismico de baixa intensidade atingiu a campanha de Valter Pegorer, candidato a deputado estadual pelo PMDB, na coligação de Osmar Dias. Uma notícia de ineligibilidade, protocolada no Tribunal Regional Eleitoral, foi publicada na grande imprensa estadual e qual fogo na palha seca, se alastrou rapidamente.

Na análise da notícia, protocolada por Milton Ferreira, os fatos narrados não figuram dentro dos dispositivos da chamada "Lei da Ficha Limpa". O noticiante informa sobre suposto abuso de poder econômico e propaganda eleitoral antecipada durante campanha para prefeito e contratação de um escritório de advocacia sem licitação, quando administrava o município. Neste, o Tribunal de Justiça entendeu que houve irregularidade e o contrato deveria ser rescindido. Naquela, houve sanção pecuniária, ou seja, Pegorer foi multado. Em ambas, porém, não existe qualquer limitação aos direitos políticos, portanto não ferem a Lei da Ficha Limpa.

Conversando com o advogado Nilso Paulo da Silva, especialista em Direito Eleitoral e que fará a defesa de Pegorer, foi possível entender que a informação ao TRE é um primeiro canhonaço para desestabilizar o candidato. Segundo o advogado, uma campanha se faz com duas ações: em busca de votos dos eleitores e no Judiciário Eleitoral.

A notícia, sobre suposta infração à legislação eleitoral, está em poder do juiz eleitoral Auracyr de Azevedo Cordeiro para análise. Valter Pegorer tem sete dias para apresentar suas justificativas ao magistrado.

O objetivo, porém, parece não ter sido alcançado. Hoje pela manhã, por exemplo, Valter Pegorer esteve em Mandaguaçu para uma reunião com lideranças políticas e comunitárias, interessadas em apoiá-lo no decorrer da campanha. A tarde, ele cumpriu a agenda normalmente.

Desta forma, se observa que o sismo não provocou o estrago almejado pelo denunciante. A campanha continua e ainda mais fortalecida.

Bestice Legal

O que é mais degradante? Uma criança esquálida, por que seus pais não têm emprego ou recebem valores ínfimos, insuficientes para uma vida digna? Ou uma criança que recebe algumas palmadas, como forma de correção?

Na esguelha de movimentos sociais, a palmada é degradante e merece uma punição rigorosa aos pais que usam deste meio para enquadrar os filhos.

Salário miserável, falta de assistência médico-social, desemprego, tráfico de drogas, falta de escolas, entre outros problemas sociais, que ferem a dignidade humana (um dos fundamentos da República Federativa do Brasil), não merecem atenção especial.

Ao Congresso Nacional será submetido para uma análise mais um besteirol, nascido das evoluídas mentes de integrantes de movimentos sociais. Trata-se de um projeto de lei que proíbe a palmada em crianças. Quem infringir esta norma legal será punido, podendo até perder o pátrio poder.

Posso afirmar que, quando criança, minha mãe mantinha, atrás da porta, um rabo-de-tatu, um pequeno relho feito com couro trançado. Quando passava dos limites, as pernas e as nádegas ardiam das relhadas recebidas. Nem por isso deixei de amar meus pais.

Recentemente, ouvi de uma adolescente, ao ser repreendida pelo pai: “se você continuar me ameaçando, vou te denunciar no Promotor”. O cidadão, resoluto, pediu que a jovem apresentasse a denuncia, que ele teria prazer em justificar a repreensão. A adolescente ficou calada e, pelo que sei, respeitou as decisões paternas.

Esta norma, se aprovada, irá interferir diretamente na vida das famílias. É de um totalitarismo absurdo, contrariando o Estado Democrático de Direito.

O ideal é aplicar as normas já existentes, com as sanções nelas previstas.

13 julho 2010

História que passa


Quem passa pela Praça Rui Barbosa, apressado, sequer tem tempo de observar, mas mais uma parte da história da cidade está desaparecendo.

A Casa Rosa Ferragens está com suas instalações praticamente fechadas, restando apenas uma porta e uns poucos funcionários, além de ínfima quantidade de produtos à venda.

A Casa Rosa, fundada por José de Oliveira Rosa, no início da colonização de Apucarana, foi um mais importantes estabelecimentos comerciais da cidade. Os colonizadores tinham a empresa do “Seo Rosa” como referência.

Com o falecimento pioneiro e o surgimento de outras empresas concorrentes, a Casa Rosa foi perdendo força e brilho. Lentamente, suas portas foram sendo fechadas e em poucos dias encerra de vez as atividades.

Segundo apurei, os administradores do Grupo Casa Rosa deverão colocar o prédio para locação. É um ponto comercial excelente, até mesmo para a instalação de uma grande loja de departamentos.
Esta foto é da década de 60 e mostra parte do prédio, hoje ocupado pela filial da Colombo. O carro, um Ford Galaxie, traz uma publicidade da promoção "A Jogada Maior", onde o comprador de carnês concorria a vários prêmios. Se a memória não falha, que conduzia este carro era o Jesus Vicentini, recem chegado a Apucarana, onde construiu a carreira de empresário de futebol.

12 julho 2010

Apenas quantidade

Há sinais de indignação pela quantidade de candidatos a deputados federal e estadual com domicílio eleitoral em Apucarana. A grande realidade é que quantidade não significa qualidade e o eleitor saberá separar o joio do trigo. Estamos no estado democrático de direito e todo cidadão com seus direitos políticos assegurados pode pleitear uma função pública, a partir do voto.

Dos nomes sete nomes lançados a deputado federal – Mauro Bertoli, José Teodoro, Carlos Scarpelini, José Scarpelini, Armando Diadoski, Ellen Santos e Professor Benedito - nenhum conseguirá se eleger e poderão puxar alguma centena de votos para os “para-quedistas”. Para estadual, dos cinco – Val, Deco, Mirão, Sérgio do Cristma e Valter Pegorer - apenas um terá chances de eleger. Está em evidência e os números indicam: é o ex-prefeito Valter Aparecido Pegorer. Dos apresentados, dois já insinuam desistir: Deco e Val.

Em uma campanha eleitoral, como a que se avizinha, não basta apenas ter nome. É preciso densidade eleitoral e um nome consolidado ao longo da vida pública. No momento atual, apenas Pegorer tem estes atributos, apesar de outros três ex-prefeitos estarem na briga: Mirão e os irmãos Scarpelini. Entretanto, o tempo ajudou a apagar da mente dos eleitores estes três nomes. Tem-se ainda vereadores e ex-vereadores, mas a atuação política é apenas paroquial.

Esta é a realidade e é necessário conviver com ela.

Por outro lado, haverá um ajuste em termos de dobradinha entre candidatos a estadual e federal. Não está oficializada, mas poderá acontecer a dobrada Valter Pegorer e Alexandre Kireef, ex-presidente da Sociedade Rural de Londrina. Os dois deverão trabalhar juntos no Vale do Ivaí e cidades próximas a Londrina.

Outubro pode estar longe para alguns. Mas para quem pretende o cargo público, tem que construir uma história com trabalho e poucos têm o que mostrar aos eleitores.

11 julho 2010

Bom moço

O jogador Kaká é considerado um dos principais investimentos do mundo publicitário, com uma conduta exemplar dentro e fora dos gramados. E esta imagem lhe rende dividendos, algo em torno de US$ 25 milhões até o final do ano. Há, ainda, o salário pago pelo Real Madri, no montante de R$ 21 milhões líquidos ao ano.

A conduta de Kaká chega a ser criticada, principalmente pela sua ligação com a Igreja Renascer. Além disso, ele não é figura presente nas colunas sociais e raramente se envolve em polêmicas, preferindo as relações familiares e as amizades construídas ao longo da carreira.

Desde o início da carreira, no São Paulo Futebol Clube e mesmo com a transferência milionária Milan e agora no Real Madri, sempre foi discreto, longe dos holofotes da grande imprensa.

É, sem dúvida, um exemplo a ser seguido por jovens talentos do futebol brasileiro, muitos saídos da periferia pobre e hoje guindados ao altar da fama. O dinheiro fácil e os "amigos" surgidos do nada podem destruir carreiras promissoras. O caso mais recente é do goleiro Bruno, do Flamengo. Basta ler o que vem sendo publicado sobre os antecedentes dos amigos do jogador. São pessoas com vida conturbada, que encontraram na fama e no dinheiro do goleiro um porto seguro.

Diferente de Kaká, só para citar um exemplo. Milhares de outros jogadores, com certeza, têm a mesma conduta do craque, mas sem o mesmo alarde do ex-sãopaulino. O futebol não pode ser crucificado pelas ações como a praticada por Bruno e sua turma.

10 julho 2010

Jogo Aberto


Não é nome de programa de rádio ou TV, mas sim a legalização incondicional do jogo no País. Legalmente esta prática é proibida, exceto as loterias administradas pela Caixa Econômica Federal.

Mas andando pelas ruas das cidades é possível encontrar os chamados “tunguetes”, casas de jogos de carteado, abertas 24 horas. Nestes locais, jogadores profissionais depenam os “patos” e tiram o seu sustento.

Não é possível mensurar o quanto de dinheiro circula nestas casas de jogos, mas muitas pessoas perderam bens depois de passar horas em volta de uma mesa de carteado. O jogo compulsivo é considerado uma doença, mas os jogadores profissionais pouco se importam com a situação do adversário. O importante é ganhar o máximo.

No ano passado, em Apucarana, Ministério Público e Polícia fecharam duas casas de jogos que funcionavam na área central da cidade. As pessoas detidas assumiram o compromisso de abandonar esta prática ilegal.

Ledo engano. Elas continuam atuando, desta feita em outro endereço, também na área central de Apucarana. Os “patos” continuam freqüentando os locais de jogos, ambicionando recuperar o que perderam, mas continuam deixando muito nas mesas.

Escrevi recentemente que os organismos de segurança perderam a guerra contra a criminalidade.

Esta é uma realidade indiscutível.

Infelizmente.

08 julho 2010

Vale do Ivaí no Governo


A ascensão de Orlando Pessuti ao Governo do Paraná deve estar dando um trabalhão danado ao pessoal da limpeza do Palácio das Araucárias. É que os pés-vermelhos estão ocupando secretarias, departamento e diretorias da administração estadual em número jamais visto na história deste paranazão. Por onde eles passam, deixam um rastro de poeira vermelha, que impregna o ambiente.

O governador Orlando Pessuti, nascido em Califórnia, mas com vida política concretizada em Ivaiporã, apesar do tempo que reside em Curitiba, é pé-vermelhaço. Junto a ele está o secretário-chefe de gabinete, André Pegorer, é de Apucarana. Tem ainda o Jânio Dalla Costa na Codapar, que também é de Apucarana. Ontem foi nomeado o tenente-coronel Antônio Aurélio Alves Chaves da Conceição como Chefe da Casa Militar. O oficial é nascido em Ivaiporã, com grande parte da carreira passada no 10º Batalhão, de Apucarana. Não se pode esquecer do João Feio, na diretoria da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina.

Numa tacada só, pode-se dizer que o Vale do Ivaí tem expressiva representação no staff do Governador Orlando Pessuti. Mas tem gente de outras regiões do Estado - Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Toledo, Cascavel, Francisco Beltrão, entre outras cidades - ocupando cargos importantes no Governo do Paraná.

Sem medo de errar, pode-se dizer que nos últimos 20 anos esta é a primeira vez que o interior do Paraná tem forte representação na estrutura administrativa do governo paranaense.

Esta passagem de Pessuti pelo Governo do Paraná deverá ser marcante, pois ele vai governar para os paranaenses, tendo ao seu lado uma legião de amigos, com as mesmas intensões. É com o apoio da família, principalmente da esposa, Regina Pessuti, que ele vai ficar gravado na história por um governo de curto período, mas bastante eficiente em feitos e conquistas.

Nome Novo


O trauma relativo à desastrada participação da Seleção Brasileira na Copa da África do Sul ainda não passou. O vilão foi escolhido pela imprensa: Felipe Melo, mas quem falhou no jogo decisivo foi Júlio César.

São águas passadas. Deixa para lá.

O assunto do momento é a escolha do novo treinador. Nomes não faltam: Luiz Felipe Scolari, Muricy Ramalho, Mano Menezes, Joel Santana, Leonardo, Ricardo Gomes, Vanderlei Luxemburgo e Leonardo. Todos figurinhas carimbadas.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, já afirmou que quer uma renovação completa da comissão técnica e o treinador a ser escolhido deverá ser agregador e com bom trânsito junto à imprensa e torcedores.

Pode parecer loucura deste escriba, mas um nome não foi citado nenhuma vez: Silas, atual treinador do Grêmio de Porto Alegre. É um técnico jovem, que fez trabalho excelente no Avaí e agora está no clube gaúcho, com uma total renovação de elenco.

Vi Silas jogar com a camisa do São Paulo, com um futebol reluzente, juntamente com Muller, Careca, Zé Sérgio, entre outros. Com a camisa da seleção brasileira, nas poucas vezes que atuou foi brilhante.

É um cara nova a ser observado com carinho, pois é competente e que não foge do trabalho.

Quem sabe este artigo não chega às mãos do Ricardo Teixeira?

Sonhar é bom.

07 julho 2010

Surpresa

Espanha e Holanda decidem a Copa do Mundo da África.

Errei minha previsão, quando vi a Alemanha dar um passeio na Argentina. Pelo futebol jogado, era nítido que o campeão estava declarado. Ledo engano. A Espanha reafirmou sua força e reprisou a Copa dos Campeões, detonando a esquadra alemã.

De toda forma, observei que a Copa da África do Sul foi pobre em qualidade técnica. Em compensação, foi rica em erros de arbitragem. Não é só no Brasil que a arbitragem é de qualidade discutível. O resto do mundo não foge à regra geral: "herrar é umano".

Enfim, a Fúria não deixou os espanhóis furiosos. Mas azedou o chopp alemão.

Domingo veremos se a Espanha terá forças para esmagar a laranja holandesa.

Ficha completa


Aberto período de campanha eleitoral, o assunto em foco, dentro da sociedade organizada, é a chamada “ficha limpa”. Pela legislação aplicada ao pleito de outubro, o candidato não pode ter sentença processual, por crime político, transitada em julgado ou analisada por um colegiado, com condenação.

O que se discute é a atuação ímproba no âmbito político. Mas e a improbidade no campo civil? Esta não pode ser levada em consideração pelos eleitores?

Pois é. É uma questão que precisa ser analisada e levada em consideração no momento de escolher o candidato. No momento atual, temos candidatos com ficha limpa na política, mas com uma infinidade de processos tramitando no civil e trabalhista. Uma consulta processual, através da Internet, é suficiente para encontrar nomes de alguns candidatos, condenados por não pagar salários a funcionários de empresas comandadas por "laranjas", determinação de retenção de salários por não cumprir acordo judicial, entre outras questões.

Coloco este assunto para análise dos (e)leitores por uma questão crucial: eleitas, estas pessoas obtém o chamado foro privilegiado e os processos em tramitação no Poder Judiciário local são encaminhados ao Tribunal de Justiça, para os deputados estaduais; ou ao Supremo, para os federais.

Além disso, pelo montante que recebem por ocupar cargo legislativo, terão condições de pagar as dívidas com extrema tranqüilidade. Em verdade, não serão eles a pagarem os débitos: somos nós, eleitores, através dos impostos escorchantes cobrados pela União, Estados e municípios, a partir da parcela de arrecadação destinada ao pagamento dos parlamentares.

Desta forma, caro (e)leitor, é importante não votar apenas no ficha suja na política, mas também no ficha suja de cidadão comum.

06 julho 2010

Fora da disputa

O vice-prefeito de Apucarana, Antônio Waldemar Garcia, não irá concorrer à Câmara dos Deputados, como se pretendia e já definia apoios em várias cidades da região. Garcia foi traído dentro do seu próprio partido, o PSDB, aos 43 minutos do segundo tempo.
A "puxada de tapete" surpreendeu a todos, pois Waldemar Garcia tinha grandes chances de alcançar o objetivo. Deixar Garcia fora da disputa foi uma articulação de tucanos de bico grande e de integrantes da chapa de Beto Richa, que viram no candidato apucaranense uma adversário de peso.
Quem ganha com a saída de Waldemar Garcia é Alex Canziani (PTB), que "fabricou" um legendeiro em Apucarana. O vereador Mauro Bertoli, presidente da Câmara Municipal, foi lançado à última hora por Canziani para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Sem apoio de Valter Pegorer e João Carlos de Oliveira, o parlamentar londrinense viu um futuro nebuloso quanto à conquista de votos em Apucarana.
A rasteira em Waldemar Garcia custará caro até mesmo para o candidato tucano Beto Richa, que terá um grupo de apoio restrido e com credibilidade abalada pelos últimos insucessos políticos.
Este é o jogo baixo da campanha e pelo que se observa, o senador Osmar Dias tem razão quando afirma ter sido traído por Beto Richa. O que Richa e seus aliados fizeram com Waldemar Garcia foi uma traição sem preço e adjetivos.

Engolindo Sapos


O advogado Valmor Santos Giavarina, ex-prefeito de Apucarana, deputado estadual e federal, falecido em fevereiro de 2005, disse uma frase célebre: “política é a arte de engolir sapos”. Isto pela obrigação de conviver com desafetos em busca da conveniência do momento político.

A máxima de Giavarina é aplicada de forma clara na campanha de 2010. Afinal de contas, desafetos históricos, especialmente em Apucarana, terão que conviver de forma harmoniosa até outubro. PP e DEM terão que conviver com o PSDB. PMDB com o PT.

O pobre eleitor entra em parafuso, pois num passado não muito distante – dois anos – estes grupos se enfrentaram na campanha para prefeito. Claro que o momento é outro, pois estão em disputa os cargos de Presidente da República, Governador do Estado, Senador, deputados federal e estadual.

Esta é a arte de se fazer política em busca de interesses homogêneos, mesmo com ideologias heterogêneas.

De toda a forma, a campanha deste ano promete ser bastante interessante, pois este antagonismo ideológico terá que convergir aos interesses da aliança político-partidário. Quem ganha com esta salada anfíbia é o eleitor, que terá a oportunidade de avaliar as propostas e definir para o futuro da administração da Nação e do Estado, bem como escolher seus representantes no Parlamento.

O repórter-fotográfico Roberto Brasiliano, com quem tive o prazer de trabalhar na Tribuna do Norte, diz em seu comentário que as perninhas do sapo podem ficar para fora. Esta é uma vantagem, pois antes de digerir o anfíbio é possível puxá-lo de volta e jogar na lagoa.

Guerra Perdida

Duas notícias veiculadas no domingo chamaram a atenção. Na revista Expresso, a informação trata da Praça Interventor Manoel Ribas, transformada em ponto de venda de drogas. No jornal Tribuna do Norte, o aumento da violência na periferia de Apucarana, com acréscimo no número de assassinatos, principalmente de adolescentes.
São duas situações preocupantes e que ao final se enfeixam. Nelas há um pano de fundo: a guerra ao tráfico está perdida, pois os organismos de segurança pública não conseguem vencê-la. A sociedade, de forma geral, está sob a sujeição do estado beligerante do banditismo desenfreado.
O aumento da violência em 50% no primeiro semestre de 2010 em relação a igual período de 2009, como apresentado pela Tribuna do Norte, é a demonstração clara da falta de uma política efetiva de segurança pública na cidade. É evidente que Apucarana, apesar de ter um Batalhão de Polícia Militar e ser sede de uma subdivisão policial, carece de ações mais eficazes destes dois organismos. Os números apresentados pelo jornal são significativos quanto à apreensão de drogas e prisões de traficantes. Entretanto, está se chegando ao "avião", mas não ao comandante, ou seja, ao traficante maior.
Já a utilização da praça central como ponto de venda de drogas é apenas um dado. A venda de drogas está escancarada em vários locais da cidade. A Praça do Redondo é apenas um local, mas os traficantes estão soltos nas portas de escolas, no Terminal Urbano, na Praça dos Sentidos, na Praça do 28, na Praça Rui Barbosa, na periferia, entre tantos outros locais.
Sem dúvida a guerra ao tráfico está perdida, não apenas em Apucarana, mas no País, como um todo.

05 julho 2010

Fogo pesado

Em tempo eleitoral, muitos assuntos são levantados, alguns relevantes e outros (maioria) meros boatos, com o objetivo de criar fatos, que não combatidos a tempo se tornam verdadeiros.
O mais recente, nascido na mente de antigos aliados, dá conta da desistência de Valter Pegorer de concorrer à Assembléia Legislativa. Mais ainda: Valdemar Garcia, candidato a deputado federal pelo PSDB, optou pela campanha ao parlamento estadual.
Estas duas questões não passam de deslavadas mentiras, nascidas com uma única proposta: tumultuar o atual processo político em Apucarana. Ocorre que Valter Pegorer e alguns partidos políticos que continuam fiéis à sua liderança, irão com Osmar Dias na campanha ao Governo do Paraná. É uma questão de fidelidade partidária, pois o PMDB faz parte da coligação com PDT e PT, não sendo correto, sob a luz da legislação eleitoral, apoiar outro candidato.
Com isso, há um evidente desespero da coordenação da campanha de Beto Richa na cidade, pois antes adversários políticos são obrigados a comer na mesma mesa. Sem apoio de Pegorer e outros partidos fiéis, a candidatura de Richa em Apucarana enfraquece, pois os aliados não têm o mesmo poder de fogo do PMDB, PDT e PT, além de uma militância boa de briga.
O fogo contra Richa será pesado, não apenas em Apucarana, mas Arapongas e outras cidades próximas. O desespero no ninho tucano está instalado e a ordem é criar factóides para tumultuar a campanha do adversário.

03 julho 2010

Pintou o campeão

Itália, Inglaterra, França, Brasil e Argentina. Estes eram favoritos ao título da Copa da África do Sul, mas ficaram pelo caminho.

Hoje se confirma o que se desenhou na primeira rodada, quando a Alemanha passou fácil pela Austrália com um clássico 4 x 0. Nem mesmo o tropeço frente a Sérvia (0 x 1) foi suficiente para tirar o brilho do futebol vistoso e prático dos alemães.

Nas oitavas de final, os alemães reafirmaram sua força, com o placar de 4 x 1 sobre a Inglaterra e avançar célere contra o próximo adversário.

Hoje, a Argentina sentiu na carne o poderio alemão. 4 x 0 foi pouco, pois o futebol mostrado merecia um placar mais elástico.

Entendo o futebol como um conjunto equilibrado: defesa, meio-campo e ataque, atuando de forma homogenea, em busca de um único objetivo, que é a vitória. Os alemães entraram em campo estruturado nos três vértices e saíram de campo com uma vitória história.

A seleção da Alemanha terá pela frente, na próxima fase, o vencedor de Espanha x Paraguai.

Salvo um acidente de percurso, dificilmente a Alemanha deixará a África do Sul sem o título mundial de futebol de 2010.

O jogo de hoje mostrou que pintou o campeão de 2010.

02 julho 2010

E a vida volta ao normal


Durante trinta dias, o caos na saúde, o atendimento nos bancos, a falta de segurança pública,a educação de má qualidade, a precariedade do transporte público, entre outros fatos, não tiveram relevância, pois os olhos dos brasileiros estavam voltados para a África do Sul, onde “a pátria de chuteiras” aportou em busca de mais um título mundial de futebol.

A partir da uma da tarde de hoje, a vida voltou ao normal, pois a seleção brasileira foi eliminada da competição. Fim do sonho e a vida volta ao normal. Para os frustrados torcedores, resta continuar a vida, enfrentando ônibus lotados e sujos; falta de médicos e remédios nos postos de saúde; salários insuficientes para uma vida digna.

Tão logo o jogo acabou, começou a caça às bruxas. Afinal de contas, quem é o culpado pela eliminação? Felipe Mello, que deu o passe para o gol de Robinho e depois foi expulso por jogada violenta? Júlio César, que falhou no primeiro gol holandês, porque errou o tempo da bola? Kaká, Robinho, Luiz Fabiano, que não jogaram nada em jogo tão importante? Dunga, que peitou a poderosa Rede Globo? Que não convocou Ganso e Neymar? Ricardo Teixeira, que não contratou Luis Felipe Scolari para o lugar do Dunga, tão logo acabou as Eliminatórias?

Dunga, que encerrou hoje sua passagem pela seleção nacional, vai iniciar sua carreira como treinador de clube no Japão. Lá ficará escondido por três ou quatro anos, ganhando muito dinheiro, tempo suficiente para ser esquecido do fracasso na Copa da África do Sul.

Enquanto estas discussões ganham as rodas pós-jogo, o Governo Federal continua faturando horrores em impostos e deixa a população menos favorecida cada vez mais abandonada. As estradas continuam esburacadas e inseguras. O tráfico de drogas cada vez maior e nossos jovens morrendo nas ruas, alvos de balas perdidas.

A Copa acabou para o Brasil e a grande maioria dos jogadores, que sequer vive no País, viaja da África do Sul, passa alguns dias por aqui e depois se apresentam aos seus clubes. Os brasileiros? Bem, estes que passem a torcer pelos clubes nacionais, que na outra semana terão a segunda etapa do Campeonato Nacional pela frente, seguindo até dezembro.

2010 é ano eleitoral e a partir de 2011 os brasileiros viverão no paraíso. Os candidatos têm maravilhosas idéias para melhorar a vida do cidadão. Só não explicam como poderão executá-las.

Nome confirmado

Pela primeira vez, após décadas de tentativas infrutíferas, Apucarana tem um candidato viável para ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa do Paraná, para representar não apenas a cidade, mas toda uma região.
Trata-se do ex-prefeito Valter Aparecido Pegorer, que na noite de ontem teve o nome referendado na coligação PDT-PMDB-PT e PCdoB, pois sua candidatura foi considerada, pelo staff da coligação, de grande potencial de votos. Pesou ainda a conduta de Pegorer como prefeito de Apucarana por três mandatos e uma liderança inconteste dentro do PMDB.
Ainda na manhã de hoje, algumas pessoas - antes aliadas de Pegorer e que hoje trilham outro caminho - afirmavam de forma categórica que o nome do ex-prefeito fora excluído da coligação. Pura maldade ou desinformação.
Pegorer é candidato a deputado estadual e existe a possibilidade de receber uma votação expressiva, não apenas em Apucarana, como em outras regiões do Estado. Isso, por si só, causa repulsa nos demais pretendentes a uma cadeira no Legislativo. Pegorer construiu o nome sobre rocha, através de um trabalho intenso de relação com lideranças em todo o Estado. Já os demais se abrigaram em factóides na mídia.
A grande realidade é que a coligação, tendo Osmar Dias como candidato ao Governo do Estado, fez água na antes invencível campanha de Beto Richa. Há um desespero claro e evidente nas hostes tucanas, obrigando o ex-prefeito de Curitiba a chamar às presas Flávio Arns e Gustavo Fruet para figurarem na chapa da morte, como está sendo chamada.
O PMDB possui, é inegável, uma militância ativa e que estará nas ruas de todo o Estado, mostrando as propostas de governo de Osmar Dias e a importância de ter Pegorer como deputado estadual a partir de 2011.
Esta é a realidade. O resto é balela dos desesperados.

01 julho 2010

Política & Fatos

>> FORÇA é o que demonstra a coligação PDT-PMDB-PT na disputa eleitoral. Com Osmar Dias a governador e Rodrigo Rocha Loures a vice, a chapa aglutina setores importantes da economia paranaense - agricultura e indústria. Só para a compreensão do leitor: Osmar Dias foi secretário de Agricultura e tem força junto ao cooperativismo e agronegócio, pelo seu trabalho no Senado Federal. Já Rocha Loures tem o pai na presidência da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) e a influência paterna é fundamental neste momento da vida política do estado.
>> ERRO na estratégia da coligação de Beto Richa, quando traz Flávio Arns como candidato a vice. Poderia manter o atual senador como candidato a reeleição e escolher outro nome para vice, além de deixar Gustavo Fruet para deputado federal. O eleitor, na hora do voto, associa muito mais o nome à função. Assim, sozinho na cabine, fica mais fácil votar no SENADOR Flávio Arns que no Gustavo Fruet. Também seria uma oportunidade de tirar votos de Requião, candidato ao senado pelo PMDB.
>> ANIMADO está o ex-prefeito Valter Pegorer, candidato a deputado estadual pelo PMDB, depois da coligação PDT-PMDB-PT. Pelo trabalho que vem sendo feito, Pegorer poderá ser a grande surpresa no quesito votação. Com muitos votos órfãos no Paraná e a sua conduta ilibada como prefeito, deverá receber votos das pessoas que pregam a moralidade na vida pública. Pegorer pode ser considerado um candidato "ficha limpa", depois de 12 anos como prefeito de Apucarana.
>> PARA-QUEDAS começam a ser vistos em Apucarana. São parlamentares ou candidatos que não deram as caras na cidade por quatro anos e agora são vistos com bastante freqüência. Hoje pela manhã foi visto Miltinho Púpio, que como deputado nada fez por Apucarana no período que ocupa o parlamento estadual.