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Local: Apucarana, Paraná, Brazil

22 junho 2010

Reacionário



Reacionária é a pessoa contrária à liberdade, à democracia ou ao progresso.


Numa democracia, a liberdade de pensamento é um dos patamares. Por esta razão, é preciso respeitar os pensadores.


Por quê destas colocações? Vamos explicar.


Li, recentemente, artigo de um colunista esportivo de Curitiba, pregando o fim do futebol do interior, que não acrescentaria nada em termos de qualidade. A opinião, reacionária, brotou após o entrevero dos jogadores de Londrina e Roma Apucarana, pelo Paranaense da Segunda Divisão.

Pelo que consegui entender, na visão deste colunista somente Curitiba tem capacidade e competência para ter equipes de futebol. Seria bastante interessante um Campeonato com Coritiba, Atlético Paranaense, Paraná Clube e Corinthians Paranaense. Ou seja, uma competição em que cada clube realize seis jogos e um quadrangular na decisão. Uma fórmula fantástica.
É evidente que este colunista curitibano não conhece a história do futebol paranaense. Não fosse o futebol do interior, não surgiriam jogadores da qualidade de Pescuma, Tião Abatiá e Paquito (União Bandeirante), Kosilek (Grêmio Maringá e Jandaia), Leocádio, Passarinho e Milton (Apucarana), para citar apenas alguns, que reforçaram o Coritiba nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Isso sem falar em Roderlei, Ado, Neneca, Everton, Kleberson, Alexandre Pato, Beleti, que sairam do interior do Paraná rumo a outros clubes e alcançaram a Seleção Brasileira.
O que precisa, em vez de acabar com o futebol do interior, é a Federação Paranaense de Futebol elaborar um calendário de competições para os clubes que ficam fora dos campeonatos nacionais das séries A, B, C e D. As taxas de arbitragem, registro de jogadores, entre outras deveriam ser menores, estabelecendo ainda, limite de idade para contratação de atletas.