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Local: Apucarana, Paraná, Brazil

04 agosto 2010

Módulos

A manifestação de insegurança no Núcleo Habitacional João Paulo I, em Apucarana, trouxe à tona um assunto interessante: a reativação dos módulos policiais na cidade. Estas unidades policiais funcionaram até o início do primeiro governo Jaime Lerner, quando foram desativados sob argumento da falta de material humano.

O mesmo argumento será sustentado hoje, pois a cidade cresceu e o número de policiais no Batalhão continua o mesmo, ou seja, insuficiente para atender às necessidades do organismo de segurança pública.

A cidade tem seis módulos - Vila Nova, Praça Duque de Caxias, Avenida Brasil, Jardim Ponta Grossa, Praça Rui Barbosa e Jaboti - e apenas um é utilizado de forma efetiva (Rui Barbosa). Outros dois - Vila Nova e Avenida Brasil - somente em casos excepcionais.

Para que o leitor tenha uma idéia, para que um módulo funcione de forma efetiva, são necessários três policiais. Como a escala é 12 horas de serviço e 24 horas de folga, um permanece no local de trabalho e outros dois aguardando para ocupar o posto. Com seis módulos, serão 18 policiais que não estarão nas ruas todos os dias. A criação de outro módulo, no João Paulo, como é defendido, serão 21 policiais militares sem atuar no policiamento ostensivo e repressivo pelas ruas da cidade.

Além dos policiais, cada módulo deverá ter uma viatura de apoio, com dois militares trabalhando. Na soma total, serão 32 policiais apenas para sustentar estas unidades de segurança.

O batalhão da PM de Apucarana, apesar do esforço do comando e comandados, não dispõe de efetivo suficiente para atender à crescente violência na cidade e em sua área de atuação.

A segurança é uma questão de estado e precisa ser discutida de forma mais abrangente e não no calor da emoção e da demagogia política.